Os talibãs anunciaram neste domingo (29) um segundo ultimato para as autoridades afegãs. O novo prazo vale agora até as 4h30 (de Brasília) desta segunda-feira. O grupo exige a libertação de oito de seus militantes presos sob a pena de, caso contrário, matar alguns dos 22 reféns sul-coreanos em seu poder.
O grupo de sul-coreanos, membros de uma igreja evangélica de Seul que se encontravam no Afeganistão em missão humanitária, foi seqüestrado em 19 de julho na província de Ghazni, sul de Cabul.
O primeiro ultimato expirou na sexta-feira (27). Na ocasião, os talibãs não mataram nenhum refém e voltaram a negociar com as autoridades afegãs.
No começo da manhã deste domingo, porém, um porta-voz dos talibãs afirmou que não iria mais negociar com o governo afegão.
"Já não é preciso dialogar. Entregamos nossa lista de presos e esperamos uma resposta positiva", afirmou Qari Yousef Ahmadi.
Ahmadi tinha advertido neste sábado (28) as autoridades de que o uso da força para resgatar os missionários, que já estão há dez dias seqüestrados, só serviria para causar a morte imediata deles. "Temos força suficiente para defender nossa posição, mas se tentarem nos atacar não conseguirão levá-los vivos", tinha dito Ahmadi.
A preocupação com a sorte dos reféns aumentou na quarta-feira, quando os talibãs executaram um deles, o pastor protestante Bae Hyung-kyu, de 42 anos e líder do grupo.