O I Congresso Estadual do PSOL em Alagoas foi marcado por discussões e brigas políticas. Neste final de semana, o grupo se encontra para eleger a direção estadual, no Colégio Cenecista, no Poço, mas um racha fez com que filiados deixassem cadeiras vazias no auditório.
No fim da tarde, saíram das discussões os representantes de São Miguel dos Campos, que tiveram seis delegados com as candidaturas impugnadas – dos nove que foram enviados para o congresso.
“Nós fomos tratados da pior forma. Não há liberdade no PSOL. O centralismo da direção estadual e a forma arbitrária descredenciou seis integrantes do núcleo de São Miguel, desobedecendo ao regimento interno”, disse Aldo Sobreira, representante de São Miguel, acrescentando que, na próxima segunda, os afiliados do PSOL de São Miguel – cerca de 200 – vão pedir desfiliação em massa.
Do lado de fora, alguns integrantes do PSOL choravam e o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Alagoas, Jorgelson Veras, fez questão de rasgar o crachá do congresso. “Na próxima semana nós também vamos discutir a demissão em massa de todos os sindicalistas, cerca de 4,5 mil”, garantiu.
A direção estadual disse que os integrantes do PSOL saíram porque nem todos eram filiados no momento em que foram escolhidos os delegados, só valendo, por isso, três delegados, o que culminou na impugnação das candidaturas.
A presidente nacional do partido, Heloísa Helena, disse que as pessoas são livres para fazer o que quiserem. “Se alguém quiser recorrer à direção nacional do partido, eu posso analisar a situação”, afirmou.
Com a saída do grupo de São Miguel dos Campos, que levava a candidata Maria de Fátima, a Fal, que é vice-prefeita de Água Branca, ficou apenas um candidato à direção estadual do partido – Mário Agra, que deve se reeleger neste domingo.