Morte de taxista pode revelar esquema de tráfico utilizando empresas de táxi

De acordo com as investigações da Polícia Civil de Alagoas, a morte do taxista Isnar Wellington Inácio dos Santos, 38 anos, pode revelar um esquema dos traficantes de drogas, que se utilizam dos táxis para repassar entorpecentes para as bocas-de-fumo de Maceió.

No dia em que foi morto (a noite do sábado passado), Isnar Wellington estava em companhia do traficante Maikel Jackson, que foi executado com 18 tiros de pistola. De acordo com os levantamentos da Polícia Civil de Alagoas, o táxi de Isnar Wellington – um Siena de cor branca e placa MUF-7522 – foi abordado por dois motoqueiros, no momento em que ele transportava o traficante.

O caso está sendo investigado pelo delegado Egivaldo Lopes de Messias e a Polícia Civil de Alagoas já possui informações de que as empresas são solicitadas pelos traficantes. Conforme as investigações, Maikel Jackson já teria assediado vários outros taxistas, que tentavam não fazer a rota.

O adolescente N.S.G, 17 anos de idade, também foi ferido durante o crime que vitimou Maikel Jackson. Ele foi socorrido e encaminhado para a Unidade de Emergência Armando Lages e passou por procedimento cirúrgico. Maikel Jackson era suspeito de comandar o tráfico de drogas na região do Tabuleiro do Martins. O crime ocorreu nas proximidades da Forene.

Na manhã de hoje, o presidente do Sindicato dos Taxistas, Ubiraci Correia, também confirmou as informações que a Polícia Civil de Alagoas está investigando. Correia colocou que os traficantes costumam usar os táxis como meio de transportes, muitas vezes sem nem o motorista saber. “Lamento a morte deste companheiro e peço as investigações dos fatos. Este é o quinto taxista morto este ano”, colocou.

“Há informações de que ele estaria envolvido com o tráfico de drogas. Infelizmente, os traficantes insistem em usar a rede de taxistas para o transporte destes entorpecentes. Neste caso, nós esperamos esclarecimentos, já que o táxi é um transporte de todo mundo e muitas vezes isto ocorre sem o conhecimento do profissional”, destacou Ubiraci Correia, em entrevista ao programa Notícia é o show, da Rádio Gazeta. Ubiraci ressaltou ainda a importância de aprofundar as investigações, porque Isnar Wellington pode ter morrido inocente, sem saber que o passageiro era um traficante.

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