A Petrobras avalia a possibilidade de ter uma segunda refinaria nos Estados Unidos, que seria necessária para dar conta do esperado aumento da produção de petróleo na região, informou nesta segunda-feira o diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró.
O diretor afirmou a jornalistas que além da ampliação da refinaria de Pasadena, no Texas, uma joint-venture da Petrobras com a Astra, a estatal discute outras alternativas para elevar sua capacidade de refino.
"Não é só a questão de ampliação, estamos examinando outro negócio de refino lá", afirmou Cerveró.
A Petrobras pretende processar de 200 mil a 250 mil barris de petróleo por dia nos EUA até 2012, dependendo das negociações para elevar a capacidade de refino no país, disse o executivo.
A refinaria de Pasadena processa cerca de 100 mil barris por dia e há planos para elevar sua capacidade.Os Estados Unidos serão o principal destino dos investimentos no exterior da Petrobras.
Dos 15 bilhões de dólares de investimentos externos previstos no plano de negócios 2008-2012, 4,9 bilhões, ou 32 por cento, serão aplicados nos EUA.
A Petrobras é operadora em dois campos no Golfo norte-americano, Chinook e Cascade, onde começará a produzir em 2010.
Além dos EUA, Cerveró também comentou a situação no Japão. A Petrobras negocia desde o ano passado a compra de uma refinaria em Okinawa, mas até agora não houve um acordo.
"Estamos negociando há algum tempo com eles e até com outros. Essa questão do tempo causa um certo desgaste. Estamos examinando a possibilidade e vamos manter sigilo".
Ele ainda descartou a possibilidade de ter uma refinaria em Roterdã, na Holanda. "Chegamos a examinar mas o processo não avançou".