O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que desde a última segunda-feira realiza uma visita a seis estados do Nordeste, anunciou, agora há pouco, em coletiva no Palácio República dos Palmares, a liberação de recursos da ordem de R$ 80,57 milhões para Alagoas que serão destinados ao reajuste seletivo da tabela de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o aumento do teto a alta e média complexidade (procedimentos que vão de consultas especializadas e cirurgias cardíacas).
Segundo o ministro Temporão, o reajuste na tabela será da ordem de 30%. Já para os procedimentos de média e alta complexidade o incremento será de 33%, o que perfazem o total de investimento anunciado na manhã de hoje, de R$ 80,57 milhões.
Durante a coletiva, o ministro apontou dois aspectos básicos dos investimentos na saúde, que segundo ele deveriam ser no financiamento, a partir da regulamentação da Emenda 29, que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, por estados e municípios e a da definição do que são serviços de saúde, e de gestão; que avalia questões como aperfeiçoamento, fiscalização e a criação de fundações estatais de direito privado.
Perguntado como estes recursos poderiam ser aplicados na resolução da crise da saúde em Alagoas, Temporão disse que o problema deve ser resolvido entre o Governo do Estado e o Movimento Unificado, contudo, condenou a invasão da Unidade de Emergência, ocorrida na última segunda-feira.
O ministro informou, ainda, que aguarda informações dos técnicos do Governo do Estado para que sejam feitos novos investimentos, principalmente do Programa de Saúde da Família e na Unidade de Emergência de Maceió, apontado pelos gestores do Estado como os principais sustentáculos da saúde no Estado.
Apesar do anúncio otimista e da expectativa de novos investimentos, o ministro afirmou que considera imprescindível a aprovação da CPMF para dar prosseguimento às ações do Governo Lula. "Sem os recursos da CPMF, o governo seria obrigado a interromper os 11 milhões de internamentos, o tratamento de pacientes renais crônicos, além dos transplantes, uma vez que o imposto hoje financia todos estes procedimentos", decretou.