“Eu não deixo o mundo da política de jeito nenhum”, salientou o ex-deputado federal e empresário João Lyra (PTB), durante a filiação de sua filha, a vice-prefeita Lourdinha Lyra (PR) ao novo partido. Lyra – tranqüilo e bem-humorado – ironizou as articulações políticas que estão sendo ventiladas na imprensa e disse que o “cenário político de Alagoas é engraçado” por conta dos boatos de bastidores.
O empresário destacou que nunca se afastou do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP). “Aqui em Alagoas é tudo muito engraçado. Se você passa 20 dias distante de alguém, já surge a informação de que você se afastou em definitivo da pessoa. Isto não existe. Não tem fundamento nestas suposições”, reforçou o ex-deputado federal João Lyra, que entrou na filiação de Lourdinha Lyra abraçado com o prefeito de Maceió.
João Lyra frisou ainda que não acredita num possível afastamento de Lourdinha Lyra do prefeito Cícero Almeida. “Não vejo fundamento nisto, mas só a Lourdinha pode responder pelo futuro político dela. Eu creio que vocês (se dirigindo aos repórteres) deveriam perguntar a ela. Ela está aqui”, colocou.
“Acho que me dou bem com todas as pessoas”, salientou. Indagado sobre a avaliação que fazia da prefeitura de Cícero Almeida, João Lyra frisou que qualquer conceito deve ser emitido pelo povo e não por ele. “A minha é favorável, mas quem tem que avaliar o prefeito de Maceió é o povo e não eu”.
Quanto a um futuro rompimento, o ex-deputado federal diz que “tudo pode acontecer”. “Veja bem, quando digo que tudo pode acontecer não estou dizendo que com isto há um rompimento agora com o prefeito. Não existe”, destacou.
João Lyra confirmou manter diálogos com o senador Fernando Collor de Mello (PTB), mas se limitou a informar que é uma aproximação que existe há anos, por conta da amizade entre os dois. “Não é como a aproximação com o Ronaldo Lessa, que foi ele quem me procurou há pouco tempo”, explicou.
Morte do vereador
O empresário falou ainda sobre a morte do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo Gomes (PSB), assassinado com nove tiros, na madrugada de hoje, em Mata Grande. Para Lyra o crime só se deu porque “em Alagoas falta governo”. “Não tem explicação para o fato. Alagoas é sui generis. Aqui não tem governo. Então tudo pode acontecer. É lamentável esta violência”, ressaltou. Lyra classificou a atual administração estadual como “acéfala” em relação ao combate à violência.