Um padre italiano que declarou publicamente seu amor por uma mulher foi afastado do cargo na última terça-feira (9).
O padre Sante Sguotti não pode mais trabalhar como clérigo na paróquia de Monterosso e não pode mais ouvir confissões dos fiéis, afirmou a diocese de Pádua em um comunicado. Mas ele seguirá nas funções de padre e poderá celebrar missas.
Sguotti estampou as manchetes dos jornais em agosto quando apareceu na televisão nacional para dizer que estava apaixonado por uma mulher e queria ser seu namorado em público, mas continuando casto.
O caso reacendeu o debate sobre o celibato eclesiástico, particularmente porque a mulher em questão tem um filho pequeno que, segundo Squotti, ele ajudou a dar o nome. Ele esquivou-se de perguntas diretas sobre a possibilidade de ele ser o pai da criança, afirmando somente que ele não pode ter um filho de acordo com a lei da Igreja.
O bispo Antonio Mattiazzo divulgou um decreto na segunda-feira (8) afastando Sguotti de suas tarefas pastorais, alegando que ele estava fazendo isso porque Sguotti “esteve ligado por algum tempo a uma mulher e pediu uma dispensa para sair com ela.”
De acordo com os ritos orientais da Igreja Católica, os homens que são casados podem se tornar padres. E o Vaticano aceitou no sacerdócio alguns padres anglicanos casados que se converteram ao catolicismo.
Mas o Vaticano tem se recusado a afrouxar a exigência do celibato para os padres que seguem os ritos latinos. O Vaticano reafirmou isso em novembro passado, quando o papa Bento 16 organizou um encontro de sacerdócio que negou uma cruzada de Emmanuel Milingo, o arcebispo de Zâmbia renegado que foi excomungado no ano passado após se casar com uma mulher e lançar uma campanha para que o Vaticano permita que os padres se casem.