Após negociação entre o Movimento Unificado da Saúde e a coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os profissionais lotados no Samu resolveram suspender a paralisação do atendimento e apenas reduzir o número de viaturas nas ruas. A suspensão no atendimento era em protesto ao corte dos adicionais noturno e de insalubridade dos servidores da saúde.
Os servidores chegaram a suspender todos os atendimentos. O clima chegou a ficar tenso na frente da sede do Samu após a coordenação-geral ameaçar recambiar todas as viaturas para o Corpo de Bombeiros Militar e obrigar os motoristas – que também havia aderido à paralisação – a trabalhar.
A ameaça do coordenador-geral do Samu, João Medeiros Lima, gerou revolta nos servidores que afirmaram não permitir o recambiamento das viaturas. “Se preciso furaremos todos os pneus das viaturas para evitar o recambiamento”, informava a categoria.
“Conversamos com a categoria e com o coordenador do Samu, João Medeiros Lima, e conseguimos resolver o impasse. Entendemos a indignação de todos com o corte dos adicionais, mas o fechamento de uma unidade é uma decisão que deve ser tomada em conjunto de forma. Chegamos ao consenso na diminuição nos atendimentos”, explicou o representante do Movimento Unificado da Saúde, Wellington Monteiro.
Com a redução, o Samu passa disponibilizar nos plantões apenas três das cinco viaturas de atendimento. Estão disponíveis duas Unidades de Suporte Básico (USB) e uma Unidade se Suporte Avançado (USA).
Para os servidores da saúde que tiveram os adicionais noturno e de insalubridade cortados pelo Governo do Estado, a medida é desrespeitosa. “Nós queremos apenas trabalhar com dignidade e respeito. Foram cortes que chegam a R$ 400 no salário dos trabalhadores. Com o corte fica impossível trabalhar”, ressaltou o técnico de enfermagem do Samu, Isaac Silva.
Wellington Monteiro explicou ainda que o Movimento Unificado volta a se reunir na próxima segunda-feira com a categoria para analisar o corte dos adicionais e definir as medidas que serão adotadas.
Na terça-feira (16), os servidores em greve no Estado (Saúde, Educação e Policiais Civis) realizam uma grande passeata pelas ruas do Centro de Maceió para exigir do Governo uma definição para as reivindicações das categorias.