Conselho elabora diagnóstico da merenda escolar no município

Alagoas24HorasBeltrão disse que André Maurício não sofreu violência

Beltrão disse que André Maurício não sofreu violência

Em 2007, 12 escolas do município de Maceió tiveram o fornecimento de merenda escolar interrompido por ausência e prestação de contas inadequada. A interrupção acabou deixando milhares de crianças fora da escola, já que boa parte delas é carente e a merenda é sua única refeição.

A informação é do vereador Thomaz Beltrão (PT), membro do Conselho Municipal de Alimentação Escolar. Para ele, dentre todas as qualidades do Programa da Merenda Escolar – que ele considera o maior programa do mundo – é garantir a permanência do carente na escola. “Por isso a importância dos governos cumprirem sua parte e evitar que a falta de merenda cause evasão”, disse Beltrão.

Problemas de infra-estrutura, entre outros que atingem diretamente a cozinha e copa das escolas contribuíram para a interrupção da merenda. A exemplo do CAIC da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que durante 15 dias ficou sem merenda por problemas de vazamento no gás da cozinha. “Sem merenda, as crianças começam a sair mais cedo, muitas escolas suspendem as aulas e isso pode causar evasão escolar”, ressaltou Beltrão.

De acordo com o vereador, o município contribui com R$ 0,15 e o Governo Federal com R$ 0,22. “Quando o município atrasa o repasse dos recursos os gestores escolares precisam fazer milagres para comprar a merenda. Isso acarreta uma série de problemas com fornecedores, que podem até se negar a entregar os produtos”, afirmou.

Os problemas apontados pelo vereador e pelos demais conselheiros vão compor um relatório – espécie de diagnóstico – que será entregue ao secretário de Educação do município, Tadeu Lira, contendo sugestões para melhoria do quadro. “Após a entrega do relatório vamos propor um grande seminário com a participação da Câmara, do Ministério Público e da Semed para capacitar todos os envolvidos no Programa da Merenda, entendendo a falta de preparação da comunidade escolar”, completou Beltrão, afirmando que o secretário tem se mostrado disposto a resolver as questões.

O secretário de Educação do Município, Tadeu Lyra, explicou que o grande problema da interrupção do fornecimento da merenda é a burocracia. Em outras palavras, ele disse o Governo Federal faz muitas exigências na prestação de contas e os diretores têm dificuldade em cumprí-las.

"Atualmente a Semed tem mantido o fornecimento, mesmo com a falta de prestação de contas das escolas, porque entendemos que o maior prejudicado é o aluno. Estamos aguardando apenas o aval da Procuradoria para publicar uma resolução que facilita a prestação de contas. Ao invés de entregar cinco certidões exigidas pelo MEC, os diretores escolares só precisarão entregar uma, desde que haja licitação. A partir desta resolução, se o diretor não prestar contas, responderá a processo administrativo", concluiu.

Veja Mais

Deixe um comentário