O presidente da comissão especial criada para investigar a dívida pública do Estado, deputado Fernando Toledo (PSDB), considera que, a partir da assinatura do ajuste fiscal entre o governo alagoano e a União, a função da comissão pode deixar de existir, apesar de considerar que ainda pode dar uma grande contribuição.
Como argumento para a continuidade dos trabalhos da comissão, Toledo cita o fato de, apenas na primeira rodada de negociação, a dívida ter sido reduzida em 25%.
Diante dessa decisão, tomada pelo governo federal, ao autorizar a venda da dívida pública de Alagoas para o Banco Mundial, Fernando Toledo considera ser esse um indício de que ainda existe “muita gordura” a ser cortada. “Basta dizer que, se fosse utilizada a Selic, taxa oficial do governo federal, a redução da dívida do Estado seria de 45%”, revela Toledo. O deputado revelou que a comissão está trabalhando uma outra vertente de investigação da dívida pública, mas não revelou nenhum dos termos, segundo ele, para não atrapalhar o trabalho da comissão.
O presidente da comissão disse que o grupo deverá se reunir na manhã da próxima terça-feira, 6, quando irá contar com a presença de pelo menos um economista indicado pelo Conselho Regional da categoria, oportunidade em que serão discutidos os termos dessa nova linha de trabalho da comissão.
“Se o Estado consegue uma repactuação da dívida, com uma redução de 25% no seu valor global e que dá um certo conforto inicial ao governo, a função da comissão fica um pouco reduzida, mas não totalmente”, considera o deputado Fernando Toledo, que assumiu a presidência da comissão depois do afastamento do deputado Marcos Ferreira (PMN) para tratamento de saúde.
O deputado considera que a comissão dará argumentos para o governo estadual questionar arimética e matematicamente junto à Brasília, os termos da dívida pública do Estado. “Com argumentos técnicos, temos condições de reduzir ainda mais essa dívida. Se, num primeiro momento, acontece a redução dessa dívida em 25%, pode ter certeza de que ainda há muito para negociar”, concluiu Toledo.
