A gerência-geral do Presídio Baldomero Cavalcanti está ultimando os preparativos para a liberação dos quatros acusados que foram ‘impronunciados’ no caso do assassinato do vice-prefeito de Pilar, Beto Campanha. De acordo com a assessoria da Intendência Geral do Sistema Penitenciário, o alvará de soltura expedido pelo juiz Braga Neto chegou ontem à noite e dentro de alguns instantes todos serão liberados.
Deixarão o presídio Givanildo José da Silva, José Maurílio dos Santos, o Di Lampião, Alex Costa Farias de Melo, o Gordo, e José Dimas Gonçalves. Informações extra-oficiais dão conta que o policial civil Alfredo Pontes, o Alfredinho, teria sido liberado ainda na noite de ontem. Também foram impronunciados Maurício Prado (filho de Telma Prado), Geraldo Carvalho (ex-secretário de Infra-estrutura), Genilda Medeiros Omena (ex-chefe de licitações). Estes não vão a julgamento – conforme o juiz José Braga Neto – por ausência de provas.
Na noite desta quinta-feira, a Justiça de Alagoas decidiu que a ex-primeira-dama da cidade de Pilar, Telma Prado e o policial militar Petrúcio Cavalcante – conhecido como “Tu” – podem ir a júri popular pela morte do vice-prefeito de Pilar, Gilberto Pereira Alves, o Beto Campanha, ocorrido em janeiro deste ano. As investigações da Polícia Civil apontaram 10 acusados, mas oito deles não serão pronunciados por ausência de provas.
Conforme pronunciamento da 17ª Vara Criminal de Alagoas, Telma Prado e Petrúcio Cavalcante foram apontados como autores intelectuais. O inquérito da Polícia Civil – conforme a Justiça – não conseguiu reunir provas que incriminassem os outros, que eram apontados como autores materiais. De acordo com o juiz Braga Neto, a polícia de Alagoas não conseguiu trazer provas da autoria material do homicídio. O inquérito foi classificado como “inconsistente”.
“Como o inquérito não foi bem feito, se entre os suspeitos tiverem os executores do crime, eles ficarão em liberdade”, criticou o juiz. De acordo com as investigações policiais, Beto Campanha estaria chantageando Telma Prado e o policial militar por descobrir que os dois mantinham um relacionamento amoroso. O vice-prefeito teria, inclusive, flagrado os dois saindo de um motel. Diante das ameaças, o casal teria optado por executar Beto Campanha.