No retorno ao Senado, o peemedebista Renan Calheiros (AL) –presidente licenciado da Casa desde o 11 de outubro–, tenta manter a antiga rotina parlamentar. Os colegas senadores contribuem com o peemedebista chamando-o de "presidente" e deixando que ele fique à vontade. Mesmo sendo alvo de quatro processos por quebra de decoro parlamentar, Renan não escapa da rotina de cumprimentos e abraços entre os senadores.
Sem querer antecipar se pretende prorrogar sua licença da presidência do Senado, Renan diz aos amigos que só vai pensar no assunto depois da denúncia que o acusa de utilizar "laranjas" ser encerrada. O relator do processo, senador Jefferson Péres (PDT-AM), pretende apresentar o parecer na próxima semana, no Conselho de Ética do Senado. O peemedebista evita sinalizar se planeja voltar para o comando da Casa. Também não dá indicações sobre a estratégia que pretende adotar em relação às acusações que pesam contra ele.
Em cada conversa, Renan ressalta que só tem um objetivo: "Quero provar a minha inocência. O dia que surgir uma prova contra mim, eu deixo o Senado". Contando piadas e histórias, o esforço do senador é para demonstrar que consegue manter o humor e a confiança.
Mesmo sendo discreto, o peemedebista vira o centro das atenções no Senado por onde passa. Ao cumprimentar o amigo e senador Edison Lobão (DEM-MA) , Renan foi abraçado pela prefeita do município Santa Helena (MA), Helena Pavão, que pediu para tirar uma fotografia ao seu lado –elegantemente, o senador abotoou o paletó e posou para foto.
