Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, por meio da Gerência de Núcleo de Quilombolas, promove na próxima sexta-feira, às 9h, o I Encontro Quilombolas em Busca da Cidadania, nas comunidades Filus e Jussara, localizadas no município de Santana do Mundaú. A iniciativa conta com a parceria do Instituto Irmãos Quilombolas e visa discutir melhorias nas áreas de saúde, educação e infra-estrutura para as comunidades.
Durante o evento serão realizadas as palestras sobre a Lei Maria da Penha, ministrada pela presidente do Conselho Estadual da Mulher (Cedim), Maria Aparecida Batista; e sobre a atuação do Ministério de Desenvolvimento Agrário, em Alagoas, pela delegada Federal do MDA, Sandra Lira.
Em Alagoas, estão identificadas 46 comunidades quilombolas, localizadas em todas as regiões do Estado. No total são aproximadamente 4.378 famílias remanescentes de quilombos e que sobrevivem da agricultura familiar, artesanato e pesca.
Os quilombos foram grupos sociais afros-descendentes trazidos para o Brasil durante o período colonial, que resistiram ou se rebelaram contra o sistema colonial e contra sua condição de cativo, formando assim, territórios independentes.
Em 20 de novembro de 2003, foi publicado pelo governo federal, o Decreto 4.887 com o objetivo de garantir a posse da terra e promover o desenvolvimento sustentável das comunidades remanescentes dos quilombos e o desenvolvimento de políticas públicas.
Conforme registro junto a Fundação Cultural Palmares, órgão ligado ao Ministério da Cultura, estão identificadas, oficialmente, 1.000 comunidades remanescentes dos quilombos. As maiores concentrações destas comunidades estão nos estados da Bahia e Maranhão. Existem comunidades quilombolas espalhadas por todos os estados brasileiros.