‘Se dependesse só da vacinação já teríamos deixado a zona de risco’

Alagoas24Horasdiretor da Adeal, Hiberon Cavalcante, diz que espera atingir a meta

diretor da Adeal, Hiberon Cavalcante, diz que espera atingir a meta

Hoje é o último dia para os produtores rurais apresentarem para a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) a declaração de vacinação de rebanho. “O produtor precisa certificar que vacinou seu rebanho. O problema é que muitos deixam para a última hora, mas esperamos atingir a mesma meta do ano passado, quando vacinamos 93% dos animais, ou então ampliar esta margem”, coloca o diretor-geral da Adeal, Hibernon Cavalcante.

A multa para quem não declarar é de R$ 486, aplicada por propriedade. O produtor que não tenha vacinado pagará mais R$ 168, além de ser proibido de transportar animais e produtos derivados. Com as declarações em mãos, a Adeal vai trabalhar em um relatório sobre a situação do rebanho alagoano. O relatório – conforme Hibernon Cavalcante – é detalhado por município e por produtores rurais.

O ano passado, Alagoas apresentou um rebanho de 1 milhão 115 mil cabeças de gado, das quais 1 milhão e 38 mil foram vacinadas. Grande parte deste rebanho se encontra na mão de pequenos produtores. De acordo com Cavalcante, existem 17 mil produtores rurais que possuem rebanho com apenas dez cabeças. A média do rebanho alagoano é de 28 animais por criador. A média nordestina é de 26. Isto ressalta a importância da reclassificação do Estado, porque influi diretamente na vida econômica das pequenas propriedades rurais.

Esta é a terceira campanha de vacinação sobre responsabilidade da Adeal, que existe há um ano e 11 meses, mas ainda tenta se estruturar. Conforme Hibernon Cavalcante, “se dependesse só da vacinação para Alagoas sair da zona de risco da febre aftosa, já teria tido êxito”. Cavalcante coloca que os problemas maiores enfrentados – para obter a classificação, que requer o enquadramento do Estado em 11 itens – são o controle de trânsito de animais, com a emissão das Guias de Trânsito de Animais (GTA); e a estruturação da Adeal, com mais técnicos para ampliar a cobertura.

Os dois pontos – conforme o próprio diretor-geral – estão interligados e devem ser sanados a partir da contratação de funcionários para a Adeal. O concurso público será realizado ainda este ano e – segundo Hibernon Cavalcante – a previsão é de que já no início de 2008, a Agência esteja completamente estruturada. “O contingente ainda não é ideal e para acompanhar a emissão das GTAs são necessários mais técnicos e com qualificação. Vamos investir muito nisto”, salientou o diretor-geral da Adeal.

Veja Mais

Deixe um comentário