Para marcar o Dia Nacional da Luta Contra o Câncer, instituído em 27 de novembro, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) está realizando uma campanha para cadastro de doadores de medula óssea na Universidade de Ciências da Saúde (Uncisal), no bairro do Trapiche. O evento acontece até às 18 horas desta quarta-feira e tem o apoio das Ligas Acadêmicas de Oncologia da Universidade Federal de Alagoas, (Ufal), Uncisal e da Associação de Pais e Amigos dos Leucêmicos de Alagoas (Apala).
Mas o cadastro também acontece, diariamente, na sede do Hemoal, localizado em prédio anexo à Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, no bairro do Trapiche. Para isso é necessário, apenas, que o candidato à doação de medula óssea tenha no mínimo 18 anos de idade e esteja em perfeito estado de saúde, a fim de ser coletado 5ml de sangue, que será examinado para se comprovar a possível compatibilidade com os pacientes que estão na fila de espera por um transplante.
Após o teste de compatibilidade o resultado é enviado para o Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea (Redome), com sede no Rio de Janeiro, onde será feito o cruzamento com o código genético das pessoas que necessitam receber a medula óssea.
Atualmente, existem 2.840 alagoanos inscritos no cadastro de doadores de medula óssea, número que é considerado pequeno, já que um em cada um milhão de brasileiros pode vir a ser compatível com um paciente que necessita da doação. “Realizamos um trabalho de formiguinha, que visa levar ao conhecimento da sociedade a importância da doação de medula óssea. Isso porque, encontrar um doador compatível é muito raro, por isso, quanto maior o número de doadores, maiores serão as chances daqueles que são vítimas da Leucemia serem salvos”, destaca a gerente de diretora do Hemoal, médica Izaura Alves Pinto.
Doação
Caso o Redome verifique que o doador é compatível com um paciente, ele é convocado para realizar uma bateria de exames, visando comprovar a compatibilidade e, só então, é realizado o procedimento que resultará no transplante. A doação pode ser realizada por meio de dois procedimentos: uma pequena punção direta na medula óssea – que não é a medula espinhal – ou por filtração de células-mães que passam pelas veias, procedimento conhecido como aférese.
A punção direta da medula é realizada com agulha descartável na região da nádega e retira-se uma quantidade suficiente para o procedimento do transplante. Para que o doador não sinta dor ele é anestesiado e, num período de 40 minutos, todo o procedimento já está concluído. No dia seguinte ele já pode retornar às suas atividades normais sem nenhuma seqüela, mas com a garantia de ter salvado a vida de um cidadão que foi vitimado por uma Leucemia, conhecido popularmente como o câncer do sangue.