Depois de muita polêmica e questionamentos técnicos e jurídicos, a Polícia Civil de Alagoas deve divulgar na tarde desta quarta-feira o resultado do exame de DNA realizado na amostra colhida no banco do veículo Celta pertencente à mãe de José Carlos Oliveira da Rocha Júnior, acusado de matar o universitário Douglas de Oliveira Vasconcelos.
O exame, realizado pelo Centro de Ciências Forenses da Paraíba, confirmará ou não se a amostra é sangue e a quem pertenceria. Douglas Vasconcelos desapareceu no dia 9 de setembro e teve o corpo encontrado no dia 5 de outubro, em um canavial na cidade de Roteiro, em avançado estado de decomposição. Contudo, apesar da prisão dos acusados, os detalhes sobre o assassinato permanecem uma incógnita.
Além de José Carlos Júnior, a polícia apresentou como acusado do crime o primo de Júnior, Kleberson Luciano da Silva, que desde o dia 5 estão detidos na carceragem do Tático Integrado Grupo de Resgates (Tigre). Hoje, o prazo para a prorrogação da prisão temporária dos dois acusados chega ao fim.
O desaparecimento
Douglas Vasconcelos desapareceu na tarde do dia 9 de setembro, quando se dirigia para o show da cantora baiana Ivete Sangalo, realizado no Centro Cultural e de Exposições, no bairro de Jaraguá.
Douglas, que era estudante do curso de Administração do Cesmac, teria sido visto pela última vez nas proximidades da sua residência, no bairro da Gruta de Lourdes, quando foi deixado por um amigo para trocar de roupa e pegar um táxi para ir ao show.
Segundo amigos do universitário, Douglas ligou neste intervalo para uma amiga, avisando que iria demorar e que ainda estava esperando o táxi para seguir para Jaraguá e depois disso não foi mais visto.
Durante as investigações, descobriu-se que o amigo em questão seria José Carlos Júnior, com quem a vítima mantinha um envolvimento amoroso há mais de três anos. Informação esta contestada pelo acusado e comprovada por cartas românticas divulgadas pela família de Douglas.
A mobilização
Após o desaparecimento, amigos de faculdade e parentes do universitário deram início a uma campanha que mobilizou diversos segmentos da sociedade. Com panfletagem, passeatas e pedidos de apuração às autoridades policiais e políticas, familiares e amigos pediam uma resposta ao desaparecimento do estudante, que terminou de forma trágica.
Inicialmente investigado pelo delegado Robervaldo Davino, do 4º Distrito, a direção-geral da Polícia Civil nomeou os delegados Flávio Saraiva e Elizabete Sampaio Moreira especialmente para investigar o crime.