O deputado estadual de Pernambuco, Augusto Coutinho (Democrata), participou de uma reunião com os parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Combustíveis. Ele veio compartilhar a experiência vivida em 2000, na CPI que fez uma investigação similar a que esta sendo feita em Alagoas.

Coutinho relatou que antes da instalação da CPI em Pernambuco a Secretaria da Fazenda arrecadava R$ 30 milhões de reais por mês. Após 30 dias de funcionamento da CPI, o Estado passou arrecadar R$ 80 milhões de reais e hoje a arrecadação chega a R$ 130 milhões de reais/mês.

O parlamentar pernambucano declarou ainda que vários empresários do setor foram presos. "Um desses empresários deixou de arrecadar 600 milhões de reais de ICMS. Ele foi obrigado a saldar esse débito e ficou seis meses atrás das grades. Se o Governo do Estado, através da Secretaria da Fazenda, não determinar que as destilarias de álcool instalem o medidor de vazão, continuará havendo sonegação fiscal no setor”, declarou o parlamentar.

Pizza

O deputado André Campos, que foi presidente da CPI da Adulteração de Combustíveis no estado vizinho no ano de 2000, também participou da sessão da ALE e alertou que “o governador Teotonio Vilela Filho tem que apoiar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a suposta cartelização, adulteração e sonegação de impostos no setor de combustíveis. Se isso não ocorrer a CPI poderá acabar em "pizza".

"O apoio do governador é indispensável. Ele pode determinar que a secretaria da Fazenda realize uma fiscalização mais “rígida” junto alguns “maus empresários” do setor", disse Campos. O parlamentar pernambucano lembrou que o então governador de Pernambucano, Jarbas Vasconcelos, deu total apoio aos trabalhos da CPI.

O parlamentar pernambucano relatou que durante as investigações feitas em seu Estado ficou constatado que muitos empresários misturavam solvente à gasolina. "O Estado de Pernambucano era o maior consumidor de solvente do País, depois da CPI o produto está sobrando no mercado", relatou Campos.

Veja Mais

Deixe um comentário