A cesta básica em Maceió teve uma queda de 3,79% em novembro, de acordo com o Índice de Preço ao Consumidor (IPC), divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento. Em outubro a queda foi de 0,18%.
Segundo o IPC, em novembro o trabalhador comprometeu 37,02% do salário mínimo com a cesta básica, o equivalente a R$ 140,67. Ela é composta por 12 itens e quatro deles registraram queda em novembro. São eles: tomate (-33,96%), açúcar (-9,40), leite (-3,24%) e banana (-0,48%).
O estatístico da Seplan e responsável pela pesquisa, Gilvan Sinésio, explica que a queda no preço do tomate e da banana foi motivada pela estação do ano. “É uma questão de sazonalidade; no verão, esses produtos se tornam perecíveis mais rapidamente e precisam ser vendidos logo, mesmo que a um preço menor”, afirma. “Houve queda no preço do açúcar porque estamos no período de safra da cana”, completa. De acordo com ele, a queda no preço do leite apenas segue a tendência do mês anterior, quando ele caiu -5,60%.
Dos outros oito itens da cesta básica, a maior alta foi registrada pelo feijão (4,57%), seguido pelo óleo de soja (3,05%) e pelo arroz (2,51%). Segundo Gilvan Sinésio, houve alta no preço do feijão porque esse é um período de entressafra. “Alguns produtores alternam o cultivo da cana com o do feijão e agora eles estão colhendo a cana”, explica.
Mas ele diz que o consumidor pode comprar o feijão preto por um preço bem melhor. “Por não ser consumido em larga escala aqui no estado, esse tipo de feijão está mais barato”, disse. Ele disse ainda que esse tipo de feijão não é tão cultivado em Alagoas, o que ajuda a explicar o preço mais acessível.
Entre os grupos componentes do IPC, a maior alta foi registrada pelos gastos com habitação (1,55%), seguida por vestuário, calçados e tecidos (0,70%), artigos diversos (0,69%) e alimentação (0,19%). Os gastos com os outros grupos tiveram queda em novembro: fumo e bebidas (-2,45%), transportes (-0,67%), educação (-0,57%), despesas pessoais (-0,36%) e saúde (-0,10%).
A maior participação no orçamento doméstico ainda é da alimentação, que em novembro comprometeu 48,50% da renda do trabalhador. Depois da alimentação, o maceioense tem mais despesas com a habitação. Ela comprometeu 21,75% do orçamento doméstico.
Nesta quinta-feira também foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ele registrou alta de 0,43% em novembro contra 0,30% verificado em outubro. O INPC é calculado entre as famílias com renda mensal de até seis salários mínimos nas nove principais regiões metropolitanas do país.