O Alagoas 24 Horas conseguiu – agora há pouco – contato com o presidente do Tribunal de Contas (TC) do Estado de Alagoas, conselheiro Isnaldo Bulhões Barros. O TC tem por obrigação fiscalizar a aplicação dos recursos do erário referentes ao Estado de Alagoas, entre eles, o duodécimo do Poder Legislativo, já que é um órgão fiscalizador.
Na manhã de hoje, o Legislativo foi alvo da Operação Taturana, que apura irregularidades na folha salarial da Assembléia Legislativa de Alagoas. De acordo com as investigações da Polícia Federal, a folha era adulterada em um escritório de informática em Olinda (PE). A adulteração se dava na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte. O desvio chega – conforme a Polícia Federal – a ordem de R$ 200 milhões.
Em entrevista, Isnaldo Bulhões colocou que em momento algum a Polícia Federal solicitou informações ao Tribunal de Contas sobre o pagamento da folha salarial da Assembléia Legislativa. “Eles não nos solicitaram informações, por isto nós também não podemos nos oferecer. Eu estou neste momento viajando e pelo que soube as investigações ainda estão em curso”, destacou o presidente.
Bulhões disse ainda que não faz parte das prerrogativas do Tribunal de Contas acompanhar o pagamento e a confecção da folha salarial da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. A Operação Taturana prendeu – na manhã de hoje – 39 pessoas, sendo duas destas por porte ilegal de arma: o deputado estadual Cícero Ferro (PMN) e o ex-governador Manoel Gomes de Barros.
Foram presos ainda ex-deputados, empresários e assessores. A Operação Taturana contou com 370 policiais, inclusive de outros estados. O delegado federal responsável, Jandelier Gomes, apesar de lotado em Alagoas, passou mais de um ano em Brasília para investigar o esquema que – segundo a PF – funcionava dentro da Assembléia Legislativa.