O presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, deputado Albuquerque (Democratas) – um dos citados na Operação Taturana, com integrante de uma rede criminosa que conseguiu fraudar a folha salarial do Poder Legislativo, que teria resultado no desvio de R$ 200 milhões – deve prestar depoimento à Polícia Federal apenas no dia 8 de janeiro.
O depoimento estava marcado para a manhã de hoje, mas – conforme a decisão da juíza Amanda Lucena do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – os nove deputados envolvidos na Operação Taturana podem agendar os depoimentos por conta do foro privilegiado, motivo pelo qual eles não foram presos. A Polícia Federal apenas cumpriu mandados de busca e apreensão.
No caso de Antônio Albuquerque, vários bens móveis foram apreendidos. De acordo com as investigações da Operação Taturana, a rede criminosa era composta por deputados, ex-deputados, assessores e empresários. Ao todo, foram 39 pessoas presas.
A expectativa era que o presidente da ALE comparecesse na sede da Polícia Federal na manhã de hoje, já que – em nota oficial emitida ontem – Albuquerque se disse tranqüilo e disposto a colaborar.
“Quero transmitir aos alagoanos que estou à disposição das instituições para prestar qualquer tipo de esclarecimento”, disse Albuquerque, no dia de ontem.
Ontem, o presidente do Legislativo esteve reunido com os deputados Alberto Sextafeira (PSB), Marcos Ferreira (PMN), Jota Calvancate (PDT), Maurício Tavares (PTB), Sérgio Toledo (PMN) e Ricardo Nezinho (PTdoB) para avaliar os desdobramentos das ações da PF.
O requerimento pedindo a mudança da data de depoimento foi entregue pelo advogado de Albuquerque, Adelmo Cabral.
O advogado do deputado Dudu Albuquerque – também apontado pela Operação Taturana – deve remarcar o depoimento previsto para a manhã de hoje. De acordo com o advogado Tutmés Airan, o parlamentar não tem propósito protelatório. “Isto é feito para ganhar um tempo para ter ciência e consciência da extensão e da gravidade das acusações que são feitas”, salientou.
Além de Dudu Albuquerque e Antônio Albuquerque, estavam previstos para depor – no dia de hoje – Edival Gaia Filho (PSDB), Nelito Gomes de Barros (PMN), Nelito Gomes de Barros (PMN) e Cícero Amélio (PMN). Não se sabe ainda se estes também vão usar da prerrogativa para agendar os depoimentos.