PF confirma nome de deputados envolvidos

A Polícia Federal de Alagoas confirmou o nome dos nove deputados estaduais que devem ser ouvidos. De acordo com as investigações que resultaram na Operação Taturana, os nove seriam integrantes de uma rede criminosa que fraudou a folha salarial da Assembléia Legislativa com o objetivo de ludibriar a Receita Federal.

O esquema desviou mais de R$ 200 milhões desde o ano de 2001 até os dias atuais. A fraude foi arquitetada – segundo a Polícia Federal – dentro do Poder Legislativo, mas especificamente nas Mesas Diretoras. Tanto que, o ex-presidente a ALE, Celso Luiz, também se encontra preso, além do ex-deputado estadual Gilberto Gonçalves.

Os deputados só não foram presos porque a juíza Amanda Lucena – do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – entendeu que não se tratava de um flagrante delito, única prisão permitida pela Constituição de Alagoas. Os deputados envolvidos são Antônio Albuquerque (Democratas), Cícero Amélio (PMN), Arthur Lira (PMN), Nelito Gomes de Barros (PMN), Edval Gaia Filho (PSDB), Dudu Albuquerque (PSB), Isnaldo Bulhões (PMN), Maurício Tavares (PTB) e Cícero Ferro (PMN).

Destes, apenas Ferro se encontra preso, mas por porte-ilegal de arma. Ele teve prisão homologada pelo Tribunal de Justiça. Ao todo, a Assembléia Legislativa cumpriu 80 mandados de busca e apreensão e 40 de prisão. O prédio provisório da ALE, localizado em Jaraguá, chegou a ser invadido. Assim como um escritório de informática, em Olinda, onde a folha era gerada. Os deputados citados já fizeram ou fazem parte da Mesa Diretora.

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