Oficiais do CB ainda aguardam promoção

CBM/ALOficiais não participaram da solenidade de promoção

Oficiais não participaram da solenidade de promoção

Cerca de 60 oficiais do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) ainda aguardam uma definição em relação às suas promoções, que deveria ter ocorrido no dia 29 de novembro.

Segundo informações do comandante do CBM/AL durante as festividades dos 60 anos da corporação, coronel Jadir Ferreira Cunha, os oficiais não foram promovidos porque o governador Teotônio Vilela Filho não assinou os atos de promoção. Segundo a lei de promoção da Polícia Militar e dos Bombeiros, os oficiais só podem ser promovidos mediante a publicação no Diário Oficial do ato de promoção assinado pelo governador em exercício.

“Há quase 15 dias estamos esperando que o governador assine a nossa promoção, ou ao menos se pronuncie a respeito”, afirma um dos oficiais que prefere não ser identificado temendo represálias. O oficial disse ainda “que a promoção é direito líquido e certo de todos, pois, como seremos promovidos por antiguidade, já cumprimos o tempo mínimo para a promoção”.

Como o governador tem atrasado as promoções dos militares desde que assumiu o governo, um grupo de oficiais impetrou no Tribunal de Justiça um mandado de segurança, tentando garantir a promoção na data certa, mas o desembargador Juarez Marques Luz, relator do processo, não concedeu liminar favorável, considerando que a promoção geraria ônus para o Estado.

“A justiça também negou nosso direito, mas estamos recorrendo e comprovando todas as alegações perante o Tribunal e aguardamos a decisão do desembargador.”, explicou outro oficial.

A solenidade de promoção, realizada no quartel central do CBM no dia 29 de novembro, foi marcada pela revolta e desconsolo dos oficiais e familiares. É costume, nos dias de promoção, os parentes prestigiarem a comemoração, e os oficiais só foram avisados que não seriam promovidos quando já estavam participando do evento.

“Nossas famílias estavam presentes para prestigiar a nossa promoção, grande marco na vida de qualquer militar. Fomos avisados por telefone para participar da solenidade e ainda havia no site oficial da corporação um aviso de convocação. Alguns parentes vieram de outros Estados para participar, como uma mãe que saiu do Rio Grande do Sul, e ficaram muito desapontados por não sermos promovidos”, enfatiza outro militar.

Os oficiais estão se organizando para entrar com um processo por danos morais contra o Estado, alegando que “não participar de uma solenidade desta importância e submeter os parentes a tamanho constrangimento será algo que jamais esqueceremos e ficará marcado pelo resto de nossas carreiras”.

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