A Secretaria de Estado da Saúde por meio das Diretorias de Vigilâncias Ambiental e Epidemiológica intensificou, desde a semana passada, o monitoramento do vibrião colérico nos municípios de Colônia de Leopoldina, Campestre, Chã Preta, Santana do Mundaú, São José da Lage, Ibateguara, União dos Palmares, Jacuípe, Quebrangulo, Novo Lino, Palmeira dos Índios, Maragogi e Jundiá.
O alerta nesses municípios se deve a detecção da bactéria nos rios Una, Canhotinho e Ipojuca, no estado de Pernambuco. “Como o nosso Estado encontra-se à jusante desses rios, ou seja, recebe suas águas em nossos rios, é imprescindível manter permanente estado de alerta para evitar uma forma extremamente severa de diarréia em pessoas que ingerirem água ou peixes contaminados”, explicou Jean Lúcia dos Santos, gerente de Controle de Agravos de Veiculação Hídrica e Alimentar.
Para prevenir as doenças diarréicas agudas as secretarias municipais de saúde foram orientadas a informar a população, principalmente as ribeirinhas, sobre os riscos de contrair cólera ao utilizar água destes mananciais para consumo humano; intensificar o uso do hipoclorito de sódio no tratamento de água nos domicílios e coletar amostras clínicas dos pacientes com diarréia grave, notificando e investigando em tempo hábil os casos suspeitos.
A diretora de Vigilância Ambiental, Elisabeth Rocha, informou que as ações de monitoramento ambiental de pontos estratégicos são rotineiras em todo o Estado para detectar precocemente a circulação do Vibrio cholerae no ambiente. “Nesse momento estamos voltando atenção especial a essas áreas para apoiar o trabalho realizado pelos municípios e para informar sobre ocorrências e medidas a serem adotadas”.
Ela lembra da importância da comunicação imediata de qualquer ocorrência que possa vir a constituir risco para a saúde da população no tocante à vigilância em saúde ambiental e epidemiológica, tendo em vista que o último caso de cólera notificado em Alagoas foi no ano de 2001.
