Dois clubes de tradição na história da Copa Libertadores da América, São Paulo e River Plate iniciam hoje, às 21h45, no Morumbi, o confronto que irá definir quem avança à final do principal torneio sul-americano em 2005.
Tanto brasileiros, quanto argentinos têm o mesmo número de finais disputadas e títulos conquistados na competição continental até aqui.
O Tricolor decidiu o título da Libertadores em quatro oportunidades. Foi bicampeão em 1992 e 1993, vencendo Newell’s Old Boys (Argentina) e Universidad Católica (Chile), respectivamente, e ficou com o vice-campeonato em 1974 e 1994, quando foi derrotado pelos argentinos Independiente e Vélez Sarsfield, respectivamente.
A passagem à decisão também irá valer um recorde ao São Paulo. Os são-paulinos podem ser tornar o clube brasileiro com mais finais disputadas na competição. Hoje, o Tricolor divide tal condição com o Palmeiras, que foi à final em 1961, 1968, 1999 e 2000, conquistando apenas um título, em 99, contra o Deportivo Cáli (Colômbia).
Já o River Plate foi finalista em 1966, 1976, 1986 e 1996, respeitando uma cronologia de 10 anos. Nas duas primeiras oportunidades, os argentinos foram vice-campeões aos serem derrotados por Penãrol (Uruguai) e Cruzeiro, respectivamente. Os títulos foram conquistados em duas finais contra o América de Cáli, da Colômbia.
A equipe da Argentina, no entanto, jogou mais semifinais que os são-paulinos. Os argentinos, que disputaram o torneio 26 vezes, foram eliminados em 10 oportunidades nesta fase da Copa Libertadores da América: 1967, 1970, 1978, 1982, 1987, 1990, 1995, 1998, 1999 e 2004.
O São Paulo foi eliminado em duas edições na semifinal. Em 1972, os são-paulinos, que debutavam no torneio, não avançaram à final em um triangular que iria definir o finalista contra Barcelona (Equador) e Independiente (Argentina). No ano passado, o Tricolor, então dirigido pelo técnico Cuca, hoje no Coritiba, foi derrotado pelo Once Caldas (Colômbia).
O Tricolor é ainda o primeiro brasileiro a conseguir chegar pelo menos nas semifinais em cinco participações consecutivas no torneio: 1992, 1993, 1994, 2004 e 2005.
O técnico Paulo Autuori sabe da tradição do time Argentino na Libertadores e, por isso, não acredita que o classificado será decidido no primeiro jogo. "Em qualquer circunstância os jogos entre São Paulo e River tem clima de final", afirmou.
"Não podemos achar que tudo será decidido neste jogo. Temos 180 minutos para definir. Não adianta vencer amanhã e achar que está definido. Nem 2 x 0 para nós é um placar tão confortável", acrescentou o treinador.
Quem passar à final entre São Paulo e River Plate, além de decidir o título em casa, poderá garantir vaga no Mundial de Clubes da Fifa caso o Chivas Guadalajara elimine o Atlético-PR na outra semifinal. Pelo regulamento da competição, o representante do continente será o melhor sul-americano classificado. Ou seja, se um mexicano for campeão da Libertadores, o vice estará no torneio do Japão, no final deste ano.
Para o primeiro jogo da semifinal, o Tricolor não terá os titulares Cicinho e Grafite, além de Diego Tardelli, Edcarlos e Fábio Santos, que eram opções no banco. A novidade será o atacante Amoroso, contratado na última sexta-feira e que já irá estrear pelo clube.
O técnico Leonardo Astrada não tem nenhum importante desfalque e deve manter o mesmo time dos últimos jogos na Libertadores.