A Campanha do Desarmamento promovida em parceria pela Polícia Federal e Governo Federal superou as expectativas, conforme a assessoria da PF, responsável pela coordenação da campanha em Alagoas. Até o fim da manhã de hoje haviam sido entregues, 7.500 armas.
De acordo com a assessoria, todos os objetivos foram alcançados e em alguns locais do Brasil, o número de armas recolhidas já reflete na diminuição dos índices de violência. Em Alagoas, a satisfação da PF é compartilhada pela ONG Fórum Permanente Contra a Violência, presidida pelo advogado Mirabel Alves.
O senhor acredita que a campanha tenha atingido o seu objetivo?
Sim. Nós do Fórum Permanente encaramos o resultado como algo positivo para toda a sociedade, pois são mais de sete mil armas que saem de circulação, evitando crimes que poderiam ocorrer caso elas tivessem nas mãos de pessoas que não possuem perícia para manuseá-las.
A quem a campanha atinge, na sua opinião?
Estas armas que foram recolhidas são de pessoas que as tinham guardado para defesa pessoal. Houve uma conscientização que atingiu estas pessoas e elas passaram a enxergar a arma em mãos erradas como um perigo. Por esta razão, os crimes de homicídio são evitados. Pessoas que poderiam praticar um crime ao tentar se defender não farão.
No entanto, o senhor concorda que o criminoso não foi à Polícia Federal entregar sua arma e continua oferecendo perigo a sociedade.
Antes de tudo é bom ressaltar que não tínhamos a ilusão de convencer aquele que tem a arma com as intenções de cometer um crime. Estas pessoas que ainda possuem armas irão responder por elas nos rigores das leis. Pois, atualmente, o porte ilegal de arma é crime inafiançável e quem não entregou suas armas é porque fez questão de estar desinformado, ou porque possui segundas intenções.
Então o senhor acredita que a campanha foi eficiente na tentativa de conscientizar a sociedade sobre o perigo de se manter arma em casa?
Com certeza. Manusear uma arma sem o conhecimento necessário para isto é correr perigo. Nós, do Fórum, defendemos a arma apenas para segurança estatal ou para pessoas que possuem o conhecimento comprovado (porte de arma expedido pela Polícia Federal). Convencemos as pessoas que não possuíam intenção de cometer crimes, de que elas efetivamente não precisam das armas.