governador Ronaldo Lessa viaja a Brasília na próxima semana para viabilizar, junto a lideranças políticas nacionais, a agilização de atos reguladores que dêem início, de imediato, à total recuperação e revitalização da malha ferroviária do trecho entre Alagoas e o Maranhão. O trecho é considerado estratégico para o Estado na escoação (exportação) de produtos derivados da cana-de-açúcar, além de laranja e fumo. A linha férrea está com boa parte de sua estrutura deteriorada desde 2000, em função de chuvas.
A decisão foi tomada após encontro na última quinta-feira, em Palácio, entre Lessa, o diretor da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), Jayme Nicolato; o diretor-administrativo-financeiro da CFN, Jorge Melo; o secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti; além de Edmar Ferreira, que representou o secretário coordenador de Infra-Estrutura, Wellington Melo.
“É fundamental agilizar algumas questões burocráticas que estão travando o início da reconstrução de todo esse trecho entre Alagoas e Maranhão, que é um vetor estratégico para a escoação de boa parte do PIB de Alagoas, como o álcool, açúcar, setor químico-plástico e outros produtos”, destacou Lessa.
O governador deverá se encontrar em Brasília com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e representantes da Agência Reguladora de Transportes Terrestres, responsável pela liberação dos atos reguladores para o início das obras.
Os atos, segundo Jayme Nicolato, são relativos à normatização do capital social da empresa e a ajustes de conduta que a Companhia Ferroviária do Nordeste precisaria regularizar junto à agência reguladora. A companhia, sediada em Fortaleza (CE), é de capital privado, mas tem concessão pública para atuar.
Recursos – Na ocasião, o secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, informou que o Estado chegou a perder cerca de 60% da produção de laranja que é exportada, em função da complicada logística necessária para a escoação dos produtos, que é feita atualmente por meio de transporte rodoviário. “É importante recuperar a malha ferroviária, porque isso significa mais competitividade, agilidade e, principalmente economia para o Estado”, destacou Arnóbio.
De acordo com Jayme Nicolato, os recursos – da ordem de R$ de 50 milhões – já estão garantidos para a recuperação da malha ferroviária entre Alagoas e Maranhão. “Estamos só aguardando a resolução da parte burocrática, em Brasília, para iniciarmos a recuperação”, completou. As fortes chuvas caídas em 2000 deixaram boa parte da ferrovia deteriorada, o que tem inviabilizado a escoação da produção.