O PT alagoano vai às urnas dia 18 de setembro com três candidatos. O atual presidente, deputado estadual Paulão, que unificou seu grupo “Unidade na Luta” com a corrente Democracia Socialista; o secretário regional da Pesca, Paulo Nunes, que teve seu registro confirmado – seu nome não tinha sido aprovado na reunião da última segunda-feira, 20, devido ao atraso de vinte minutos na entrega dos documentos – pela chapa “A esperança é Vermelha” e o sindicalista Luiz Gomes, pela tendência "O Trabalho".
No caso de Paulo Nunes, o Diretório Estadual do partido voltou atrás e decidiu aceitar a candidatura da sua tendência, a “Articulação de Esquerda”. Para Paulo Nunes, o Processo de Eleições Diretas (PED) acontece em um momento decisivo para a história do movimento social e do partido, uma vez que caberá à próxima direção a tarefa de conduzir a orientação política do governo Federal e a tática do partido para as eleições de 2006. “É urgente uma revisão geral da política de alianças do Partido e do Governo. Não é possível exercer um mandato presidencialista e promover as mudanças que o país precisa com respaldo apenas no Congresso Nacional. É preciso buscar na sociedade, na esquerda e nos movimentos sociais e populares o respaldo para essas mudanças, sob pena de ficar sempre refém dos interesses da oposição de direita. Hoje, já estamos pagando um preço muito alto em nome da tal governabilidade”, avaliou.
CRÍTICAS – Segundo o ex-deputado, sua candidatura defende um debate que pede a mudança de políticas econômicas e a reavaliação de posturas equivocadas tomadas pelo PT. “Não podemos ser tão atrelados ao governo federal e estadual”, afirmou. Ele criticou a tentativa de impossibilidade de candidatura. “A gente sente uma vontade para que eu não dispute. Isso não aconteceu por acaso”, disse. A eleição está marcada para o mês de setembro.