Serviço de Inteligência investiga assassinato do segurança do comandante da PM

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O assassinato do soldado da Polícia Militar, José Carlos de Araújo, de 37 anos, está sendo investigado em parceria entre o Serviço de Inteligência da PM, também conhecido como P2, e pela Polícia Civil. O militar fazia a segurança do Coronel Edmilson Cavalcante e foi morto com mais de oito tiros, na noite de segunda-feira, no bairro do Tabuleiro dos Martins. O crime aconteceu em frente a um supermercado, onde o policial fazia um “bico” como segurança. O chefe do Comando Geral da Polícia Militar, Coronel Ivon Berto, conversou com o Alagoas 24 Horas e contou como o caso está sendo investigado.

Como funciona o Serviço de Inteligência da Polícia Militar?

Não divulgamos quem trabalha no serviço, ele é secreto. Nesse caso foi assassinado um soldado da Polícia Militar, então o P2 age investigando os suspeitos, suas ligações e suas razões para ter praticado o crime. A Polícia Civil também está apurando o caso. O delegado Marcílio Barenco estava de plantão na Ciapc quando ocorreu o crime e fez um boletim de ocorrência para dar início ao inquérito.

O Serviço de Inteligência da PM tem suspeitos do crime?

Sim, o suspeito é conhecido como “Marcos da Aids”. Sabemos que ele tem o vírus HIV e também é suspeito de outros crimes. Estamos investigando as ligações dele com o policial assassinado e procurando por ele. Para agilizar a busca, vamos elaborar um retrato falado com base nas características dadas por uma testemunha ocular.

Quais são as linhas de investigação?

São duas, a primeira é a suspeita que o policial Carlos de Araújo tenha reagido a uma tentativa de assalto no mercadinho. Como ele tem uma visão preparada para perceber os crimes, o policial pode ter assustado o assaltante que atirou. Outra linha de investigação é a vingança pessoal do assassino. Ele disparou mais de oito tiros contra Carlos de Araújo e para psicólogos e estudiosos da criminologia, essa grande quantidade de disparos é causada por vingança pessoal. Se fosse um acidente, o assassino teria disparado apenas um ou dois tiros.

E um policial pode fazer outros serviços de segurança?

Não, o serviço de segurança pública deve ter exclusividade. Pela Lei, um policial deve trabalhar somente para sua corporação, mas hoje em dia, é comum esses “bicos”, devido a questões sociais e o baixo salário. E é melhor ter um policial que trabalhe para melhorar o salário a um assaltante ou criminoso. Por isso não é feita nenhuma pressão aos policiais que tenham os chamados “bicos”.

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