O presidente nacional do PT, José Genoino, está reunido neste momento com o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, na sede nacional do PT, no centro de São Paulo. Os dois preparam uma nota oficial que Delúbio deverá divulgar ainda hoje sobre o empréstimo de R$ 2,4 milhões que o partido fez, em fevereiro de 2003, junto ao Banco de Minas Gerais (BMG), com sede em Belo Horizonte.
O empréstimo, que ainda não foi quitado, tem como avalistas o publicitário Marcos Valério, o presidente do PT, José Genoino, e o tesoureiro Delúbio Soares. Além de avalista, o publicitário chegou a pagar uma das prestações do empréstimo em julho do ano passado no valor de R$ 350 mil, segundo documentos do Banco Central, divulgados na edição de hoje da revista "Veja".
Marcos Valério é acusado de ser o principal operador do pagamento do "mensalão" a deputados do PL e PP e de ter enriquecido ilicitamente, à custa de dinheiro de contratos milionários com o governo.
Valério teria sacado, em dinheiro, mais de R$ 20 milhões nos últimos meses e suspeita-se de que o dinheiro tenha sido usado para o pagamento de parlamentares que votavam com o governo.
Ao comentar o empréstimo, Genoino jogou toda a culpa nas costas de Delúbio Soares. Chegaram a surgir boatos hoje de que Genoino, Delubio e Silvio Pereira, o secretário-geral do partido, iriam renunciar os cargos no PT hoje, mas a direção do partido nega que Genoino tenha pedido demissão. (Globo Online)
