Familiares e amigos dos quatro acusados de fazerem parte da gangue que desviava dinheiro da merenda escolar em Alagoas passaram o dia em frente à sede da Polícia Federal (PF), no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Havia a expectativa de que a prisão dos quatro acusados, presos na Operação Guabiru, que ainda estão na sede da PF, fosse relaxada, como aconteceu ontem, com os 15 liberados, graças ao despacho assinado pelo procurador Francisco Rodrigues dos Santos, do Ministério Público Federal (MPF), com sede em Pernambuco.
Em seu despacho o procurador denunciou os 54 acusados de pertencerem à gangue que desviava dinheiro da merenda escolar em Alagoas, mas o relaxamento da prisão, assinado pelo desembargador Marcelo Navarro, do Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, com sede em Recife, colocou em liberdade apenas 15, dos 19 detidos na sede da PF.
A espera
Advogados dos acusados estiveram em Recife (PE). Não se sabe de onde veio a informação de que os quatro presos desde de 17 de maio, seriam soltos a qualquer momento, durante o dia de hoje. “Estamos esperando que o fax chegue logo”, disse um amigo do prefeito de São Luiz do Quitunde, Cícero Cavalcante (PMDB).
Do grupo que fez vigília durante todo o dia, a grande maioria estava à espera do prefeito. “Vamos fazer uma grande festa para recebê-lo. Ele não merece isso e nós vamos recepcioná-lo com toda honra, como foi feito em Matriz”, disse um parente que não quis se identificar.
A decepção
Por volta das 18:30h, o grupo recebeu a notícia de que o tão esperado fax não seria enviado hoje. Houve choro e muitas orações até que o grupo deixou a sede da PF. A expectativa é que o relaxamento da prisão dos quatro presos sai amanhã.
continuam presos
Os empresários Rafael Torres – acusado de ser o líder da quadrilha – e Erivan dos Santos e os prefeitos Cícero Cavalcante e Danilo Dâmaso, ambos do PMDB. Danilo está hospitalizado desde terça-feira, na Santa Casa de Misericórdia.