O Banco do Nordeste contratou, no primeiro semestre deste ano, o total de R$ 1,58 bilhão, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE. Isto representa um incremento de 11,2% sobre o valor aplicado no mesmo período de 2004 (R$ 1,42 bi). Nos primeiros seis meses de 2005, BNB realizou em Alagoas, 12.835 operações do FNE, que somam R$ 95,46 milhões.
O presidente do BNB, Roberto Smith, avalia que os resultados são excelentes para a empresa. “Além dos mais de R$ 1,5 bilhão efetivamente contratados, temos cerca de R$ 500 milhões em projetos já aprovados, o que perfaz metade da nossa meta anual”, enfatiza.
Segundo Smith, esse desempenho se deve ao esforço de todo o corpo funcional da empresa, que trabalha de forma integrada, superando obstáculos e desafios. “A gente vê o desvelo com que o pessoal trabalha, todos têm a consciência de sua importância para o alcance dos objetivos do Banco”, destaca.
Para Alagoas, o superintendente do BNB no Estado, José Expedito Neiva Santos, destaca que, além dos recursos aplicados no âmbito do FNE, houve uma alavancagem de aplicações na agricultura familiar, microcrédito, setor de comércio e serviços, turismo e outras atividades da economia alagoana, bem como a retomada do financiamento ao setor sucroalcooleiro, pelo qual o BNB atende desde o mini produtor rural até as usinas de processamento de açúcar e de álcool.
Agricultura familiar e microcrédito
No âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, o BNB aplicou R$ 388,5 milhões de janeiro a junho de 2005, com a contratação de 196,2 mil financiamentos. Em termos de valor, esses resultados representam um crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2004 (R$ 319,9 milhões). Em Alagoas, foram cerca 12.450 famílias de agricultores atendidas, com financiamentos de mais de R$ 23,5 milhões.
Já no Plano Safra 2004/2005 (2º semestre/2004 e 1º semestre/2005), foram desembolsados R$ 766,4 milhões distribuídos em 388,8 mil operações com agricultores familiares de toda a área de atuação do BNB (Nordeste, Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo). Os números mostram que houve um incremento de 38% em relação ao Plano Safra anterior (2003/2004), quando o Banco foi responsável pela injeção de R$ 555 milhões na economia nordestina.
O desempenho do CrediAmigo, programa de microcrédito produtivo orientado do Banco do Nordeste, também se mostrou significativo no semestre. Ao todo, foram cerca de 276 mil empréstimos, no valor de R$ 251,9 milhões, destinados especialmente aos microempreendedores do setor informal. Isso significa um incremento de 25,2% comparado ao valor contratado de janeiro a junho do ano passado (R$ 201,2 milhões). Para o microcrédito alagoano, o CrediAmigo já contratou, apenas no primeiro semestre do ano, 17.073 operações, beneficiando com cerca de R$ 16,7 milhões os microempresários do Estado.
Área Comercial
A atual gestão do BNB vem imprimindo maior dinamismo à contratação de operações de crédito comercial, a partir da reativação da marca “conterrâneo” e de outras ações de fortalecimento de sua Área Comercial (capital de giro, CDC, conta empresarial, desconto de duplicatas e cheques, cheque especial etc).
De janeiro a junho de 2005, o Banco realizou operações da ordem de R$ 333,2 milhões, ou seja, mais de três vezes o total contratado no primeiro semestre de 2004 (R$ 101,3 milhões).
Segundo o diretor de Negócios do BNB, Assis Arruda, o crédito comercial funciona como crédito complementar aos investimentos de longo prazo. “Precisamos atender a todas as necessidades de crédito, serviços e produtos dos nossos clientes, ampliando a base de negócios do Banco”, ressalta.
Câmbio
Na carteira de Câmbio, o destaque ficou para o crescimento de 169% no saldo contábil das operações de crédito, que incluem operações de Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio – ACC, Adiantamentos sobre Cambiais Entregues – ACE, Financiamentos à Importação, Garantias de Cartas de Crédito de Importação e demais Garantias Prestadas.
De janeiro a 20 de junho deste ano, foram contratadas 139 operações, no valor de R$ 220,1 milhões, pelas 31 agências do BNB que operam com Câmbio, o que significa um incremento de 118% em relação ao contratado durante o primeiro semestre de 2004 (R$ 100,6 milhões).