8 de maio de 1997
Uma comissão formada por 12 pessoas, entre elas a deputada Heloísa Helena, os vereadores Paulão e Aliomar Lins e o presidente do Fórum Permanente Contra a Violência, Pedro Montenegro, levam ao governador Divaldo Suruagy uma pauta de reivindicações populares. Entre os itens da pauta, pagamento de salários atrasados. Impasse nas negociações, dentro do palácio. Do lado de fora, manifestantes ameaçam invadir. A polícia é acionada. Tumulto e pancadarias.
14 de maio
Grande caminhada com mais de 3mil pessoas concentra protestos em frente à Assembléia Legislativa. Um grupo de manifestantes, formado por lideranças de vários sindicatos, acampa durante 13 dias, ocupando o prédio da ALE.
28 de maio
Movimento unificado dos servidores públicos de Alagoas inicia uma caravana em direção ao interior do Estado. Começa o plebiscito para saber a opinião do povo alagoano em relação à permanência ou não de Suruagy e Mano nos cargos.
13 de julho
Apuração dos votos do plebiscito. 97,95% dos eleitores consultados pedem a saída do governador e seu vice. 101.213 pessoas votaram. Enquanto isso são encaminhados a ALE, dois pedidos de impeachment de Suruagy. Um pelo Movimento Unificado dos Servidores, impetrado pela OAB-AL, fundamentado no relatório final dos Títulos da Assembléia. O segundo foi elaborado pelo procurador de Justiça Luis Carnaúba, fundamentado no relatório final da CPI dos Títulos Públicos do Senado, que citava o governador por crime de responsabilidade.
14 de julho
A Comissão Especial de Inquérito da ALE rejeita os pedidos de impeachment. A rejeição é justificada em virtude do relatório da CPI do Senado ainda não ter sido concluído. A ALE marca nova data para votação do parecer. Integram a Comissão os deputados Jorge Assunção (PL), presidente; Francisco Carvalho, Chicão (PSDB), relator; Cícero Amélio (Prona); Cícero Ferro (PSD); Gilvan Barros (PSL). Somente o deputado Cícero Amélio vota favorável ao acatamento dos pedidos.
15 de julho 16 de julho
No dia seguinte a grande manifestação, deputados se reúnem em sessão ordinária da ALE, para aprovar, em poucos minutos, as contas do governo do Estado relativas ao exercício de 1995, apesar do assunto não estar incluído na Ordem do Dia.
17 de julho
A praça D. Pedro II, em Maceió, amanhece em clima de guerra.
* Trechos extraídos do Livro: Rupturas e Permanências em Alagoas – o 17 de julho em questão – Leda Almeida – Edições Catavento