Os sem-terra que invadiram a fazenda do ex-prefeito de Delmiro Gouveia, Luis Carlos Costa, o “Lula Cabeleira”, amanheceram o dia de hoje capinando a terra e preparando-a para o plantio. Segundo eles, a possibilidade de que caia chuva por esses dias, deixou todos animados e por esta razão, devem continuar acampados por tempo indefinido.
Eles alegam que nenhum responsável pela propriedade foi conversar com os trabalhadores e mesmo sendo uma propriedade no perímetro urbano de Delmiro Gouveia, trata-se de terra improdutiva.
Os trabalhadores desconhecem – no entanto – que esta mesma fazenda já se encontra divida em lotes legalizados e em negociação com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A propriedade com pouco mais de dois mil hectares faz parte de um projeto de assentamento que está em discussão desde maio de 2004, quando o Incra fez a primeira proposta e Cabeleira solicitou a reavaliação das terras.
O ex-prefeito entregou ao Incra uma planilha com os investimentos necessários para que a propriedade se torne auto-sustentável na mão dos trabalhadores sem-terra.
renda
No projeto de Cabeleira, o Incra organizaria uma espécie de cooperativa entre os membros do movimento, para a criação de avestruz e manteria a renda mínima para estes até o 24° mês, a contra com o início do investimento. No final deste prazo, o empresário garante que cada família assentada passaria a ter uma renda de R$ 900.
