Muito sigilo na transferência do ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante. Depois de várias especulações para onde seria levado, Cavalcante chegou no Presídio Professor Barreto Campelo, na ilha de Itamaracá, em Pernambuco, por volta das 15h. Segundo o secretário de Justiça e Defesa Social, Robervaldo Davino, apenas hoje pela manhã o impasse foi resolvido.
“Eu havia entrado em contato com o secretário de Defesa Social de Pernambuco onde consegui fazer com que aceitasse Cavalcante. Mas para a transferência acontecer os juízes da Vara de Execuções Penais dos dois Estados precisavam acertar tudo. Já recebi o ofício do juiz de pernambucano autorizando a transferência para o presídio pelo período de 30 dias”, explica Davino.
No pedido de transferência do ex-coronel para Pernambuco, o secretário pedia um prazo de 120 dias para permanência no presídio do Estado. Davino explicou ainda que já havia mando buscar o Cavalcante hoje de manhã antes mesmo de saber o destino do mesmo. “Já tínhamos extrapolado o tempo de permanência do preso no Presídio de Presidente Bernardes e hoje ele teria que deixar a unidade paulistana. O único problema era com a justiça dos Estados que não queriam aceita-lo, até porque um preso só é aceito no presídio com a autorização do juiz da Vara de Execuções”, diz.
Davino revelou ainda que já cogita no nome de três unidades prisionais do País para a transferência do Cavalcante, mas prefere não divulgar os nomes para segurança preso.
Quanto ao sigilo na transferência do reeducando, afirmou que é um procedimento normal. “É obrigação do Estado de Alagoas proporcionar a segurança de um preso. O sigilo das negociações e da transferência para é uma forma de proteger o detento e não dificultar a ação da equipe que realiza o trabalho de transferência”, completa o secretário.
Manoel Cavalcante foi condenado a 27 anos de prisão por homicídio e deixou o Estado de Alagoas após a suspeita de que continuaria comandando o crime organizado de dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti.