Há mais de um ano desenvolvendo um projeto de aquicultura sustentável em Alagoas, basicamente na produção de ostras e algas, a ONG Oceanus recebeu ontem, na comunidade da Palatéia, na Barra de São Miguel, a visita de autoridades políticas de Alagoas.
A ostreicultura foi novidade praticamente para todos os presentes, que ficaram impressionados com a organização da comunidade e com o sabor das ostras produzidas por eles.
Trata-se de um cultivo feito na Lagoa do Roteiro, às margens do mangue, que está gerando emprego e renda para mais de 50 famílias da comunidade.
O Projeto Oceanus dá todo o suporte na parte de material de produção, insumos e técnicos especializados, como biólogos e oceanógrafos, e a comunidade cuida do cultivo e aguarda a coleta para embolsar todo o lucro financeiro.
Há um ano cultivando ostras, o Sr. Cícero, morador da Palatéia, é um dos exemplos de prosperidade com a nova atividade econômica. É ele quem coordena as atividades no cultivo da Barra de São Miguel, que atualmente tem cerca de 100.000 ostras se desenvolvendo nas águas da lagoa.
“ É muito bom trabalhar com as ostras porque a gente sabe quanto está produzindo e quanto será o nosso lucro depois de algum tempo”, afirma o Sr. Cícero, que há alguns meses atrás comprou até um fusquinha com a ajuda do dinheiro das ostras.
Para o deputado federal João Lyra, o cultivo de ostras em Alagoas é uma grande novidade. Para ele, Alagoas não estava inserida ainda entre os Estados Produtores de ostras, e para sua surpresa, produzindo ostras de alta qualidade, competindo igualitariamente com os demais Estados do Nordeste.
“ Estamos em iguais condições com outros Estados e buscando um aperfeiçoamento contínuo para colocar Alagoas entre os principais produtores de ostras do Brasil. Nós temos o mais importante, que é a boa qualidade das águas de nosso mar e de nossas lagoas”, afirma Daniel Costa, coordenador executivo do Projeto Oceanus.
Segunda a Presidente da AMA – Associação dos Municípios Alagoanos, Roseana Beltrão, é preciso que os produtores não desistam com as dificuldades que eventualmente vão aparecer durante a produção, porque não há nada mais importante que poder gerar renda e bem-estar para as comunidades.
“ Só em ser uma nova atividade econômica e geradora de empregos, é preciso que se acredite nos cultivos e no projeto de uma maneira geral. A iniciativa é certamente muito boa, e só nos trará boas surpresas com o passar do tempo”, afirma Roseana.
O Projeto Oceanus ainda coordena atividades de aquicultura em outros municípios, como Coruripe, Paripueira, Barra de Santo Antônio, Maragogi e Passo do Camaragibe. Está havendo implantação de módulos de produção em outros municípios.
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