Em greve há mais de dois meses, os funcionários do Instituto Nacional de Seguridade Social de Alagoas não atenderam ao pedido do ministro da Previdência, Nelson Machado, para que os servidores voltassem ao trabalho.
O presidente do Sindicato dos Previdenciários, Cícero Loureiro, diz que a greve continua até que um acordo seja assinado para conceder aos trabalhadores uma gratificação fixa, sem ser por produtividade.
“A proposta feita aos trabalhadores é a gratificação total de 140 milhões para os 75 mil trabalhadores de todo o país, mas de forma variável”, explica Loureiro, afirmando que os aposentados não receberiam gratificação de acordo com essa proposta.
Amanhã, às 10h, servidores de todo o país participam de uma plenária nacional, em Brasília, para debater o que foi oferecido pelo Governo. E na segunda-feira, os funcionários públicos de Alagoas se reunirão na sede da Delegacia Regional do Trabalho para a realização de uma assembléia.
A greve
Desde o dia 2 de junho, os servidores da Delegacia Regional do Trabalho, INSS e do Ministério da Saúde estão em greve, contra o aumento salarial oferecido pelo Ministério do Planejamento, de apenas 0,01%.
A categoria reivindicou o aumento salarial de 18% e a incorporação de gratificações, já conquistadas, ao salário. O Governo Federal ofereceu um reajuste de 47,11%, divididos em seis parcelas, e algumas DRTs voltaram a funcionar.
O último balanço da greve divulgado pelo ministério indica que 27,1% das agências da Previdência Social estão paradas. O restante, ou 72,9% do total, presta serviços, mesmo que de forma parcial.
Em Alagoas, os servidores do INSS e da DRT fecharam um acordo com a Procuradoria-Geral da República para manter 30% dos funcionários atendendo ao público.
Mas, a assessoria da Delegacia do Trabalho informou que esse percentual não é verdadeiro. “Normalmente, eram atendidas 200 pessoas, mas agora são apenas 25 por dia”, relata a assessora de imprensa, Márcia dos Anjos.