Polícia de SE apresentou hoje parte da quadrilha que assalta bancos e matava em estados do Nordeste

SSP SergipeSecretária de Segurança de Sergipe, Georlize Teles

Secretária de Segurança de Sergipe, Georlize Teles

O assalto à agência do Banco do Brasil do município de Lagarto, ocorrido na última terça-feira, ainda rende desdobramentos. A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe apresentou hoje três dos quatro criminosos detidos desde o crime. Entre eles, está o casal Rivaldo Gonçalves e Maria Estela de Freitas Virgem. Os dois foram presos na região de Propriá, divisa com Alagoas, no momento em que tentavam fugir num Fiat Pálio.

A polícia acredita-se, a princípio, que os dois estavam com destino à Arapiraca ou Maceió. Eles ainda chegaram a trocar tiros com a polícia, abandonaram o veículo nas imediações do centro da cidade e, desesperadamente, tentaram sem êxito pular um muro.

O outro capturado foi Rivonaldo Bezerra Leite, natural do Rio Grande do Norte. Junto com os bandidos, também foram recuperados R$ 978 mil roubados do banco e apreendidas três pistolas, além de vasta munição e suplementos alimentícios.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte informou que Rivonaldo já é condenado pela justiça à 50 anos de prisão por assalto a banco.

Presos

Além dos quatro detidos, também está sob poder da polícia sergipana o assaltante Clênio Dias da Silva. Baleado. Ele está sob forte segurança da PM no Hospital Governador João Alves Filho, em Aracajú. Já Francimar Santos Carneiro, cabeça da quadrilha, acabou morto após troca de tiros com os policiais.

Antes mesmo que pusesse em prática o assalto à agência do Banco do Brasil no município de Lagarto, em Sergipe, a quadrilha, que ainda matou duas pessoas e está por traz de cerca de 200 outros assaltos e crimes de latrocínio em estados do Nordeste, já vinha sendo vigiada pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe. A informação foi confirmada pela própria secretária Georlize Teles.

“O secretário do Rio Grande do Norte me telefonou dizendo que a quadrilha poderia vir a Sergipe”, afirma ela. “Mas eles foram mais rápidos”, justifica, ao apontar o crime desta segunda-feira, dia 2.

O fato de o Rio Grande do Norte ter sido o autor do aviso se deve à intensa ação dos mesmos assaltantes naquela região. O método de ação seria bem parecido ao adotado em Sergipe, onde, porém, eles se tornaram mais agressivos.

“É um grupo extremamente perigoso. Aqui no Estado, eles estão muito violentos, querendo amedrontar a polícia e as pessoas. Querem mostrar que chegaram e que são eles que mandam”, diz a secretária sergipana.

O diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), delegado João Eloy, disse que equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e do Cope continuam com as buscas na região de Itaporanga D’Ajuda. A polícia suspeita que a quadrilha de Francimar Carneiro, o Cimar Carneira, teria escondido fuzis AR-15 e pistolas próximo ao município. Além disso, a polícia ainda está à caça dos seis integrantes do bando que conseguiram escapar e hoje pela manhã trocaram tiros com policiais militares próximo a cidade de Carmópolis, em Sergipe.

Existem mais dois suspeitos de participação no crime, que estão detidos no COPE para serem investigados.

A polícia alagoana

O delegado Joáo Eloy lamentou ainda a falta de condições da polícia de Alagoas. “Se houvesse um melhor entrosamento entre a nossa polícia e a de Alagoas, o bando já tinha sido preso, mas lá falta tudo, principalmente boa vontade. Claro não são todos os delegados e policiais, mais a maioria termina não sendo digna com a própria função de policial”.

Ele destacou o trabalho que faz o Secretário Robervaldo Davino à frente da Defesa Social. “Se não fosse o Dr. Davino nossa fronteira seria um caos. Mas muito ainda precisa ser feito. Alagoas é um paraíso para essas quadrilhas e muitos deles estão escondidos lá se passando por bons comerciantes e até políticos”, explica João Eloy.

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