À espera do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plenário do Senado ficará aberto até o pronunciamento por sugestão do líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM). "Estamos em vigília cívica", disse o líder tucano.
A sessão, marcada para às 9 hs, seria encerrada após os discursos dos senadores presentes. O senador Cristovam Buarque (PT-DF), que preside a sessão, aceitou a sugestão de Virgílio e disse que convocará todos os senadores para que compareçam ao plenário e se pronunciem sobre as declarações de Lula.
"A mentira de hoje será fatal, a inverdade será letal. A verdade hoje poderá ser sua sobrevida até 2006", afirmou Virgílio. "O presidente perdeu o seu direito de governar até 2006. Ele tem que reconquistar esse poder", acrescentou.
O líder do PFL, José Agripino (RN), disse que Lula deve apontar hoje os culpados pela corrupção no governo. Caso contrário, perderá o direito à palavra. "Ou ele aponta os culpados e os entrega à Justiça, ou não readquire a credibilidade da palavra", avaliou.
Apesar de não falar claramente em impeachment, Agripino diz que as evidências para um possível processo são claras depois do depoimento de ontem do publicitário Duda Mendonça em que novas denúncias foram feitas contra a campanha de 2002. "Não quero me precipitar, mas que as evidências estão apontando o fim da linha, estão", disse.
Na Câmara, os deputados do PV, PPS e PDT verão juntos o pronunciamento do presidente durante a reunião ministerial na Granja do Torto.