Representantes das 200 famílias que residem num terreno invadido na área do conjunto Jardim Petrópolis II, no Tabuleiro do Martins, ocupam neste momento, o pátio da Companhia Energética de Alagoas (Ceal). Os manifestantes protestam contra a decisão judicial que determina a desocupação da área na próxima quinta-feira (18).
De acordo com Joselito da Silva, presidente da Associação dos Moradores do loteamento invadido, as famílias residem a uma distância de cinco metros da rede de alta tensão da Ceal. “Eles alegam que as famílias estão em baixo da rede, mas não é verdade”, afirma.
A advogada que representa os invasores, Mary Any Alves, pretende ingressar com recurso para derrubar a liminar judicial que determinava a desocupação imediata da área. As famílias deveriam ter deixado o terreno na última semana, mas um protesto dos moradores impediu o cumprimento da ação judicial.
Moradores ameaçam ‘barrar’ máquinas com o próprio corpo
“As famílias estão dispostas a enfrentar as máquinas com os próprios corpos para impedir a derrubada das casas”, anunciou o presidente da Associação de Moradores, Joselito da Silva. Segundo ele, as 200 famílias que vivem próximo ao Jardim Petrópolis II ocupam o terreno há oito meses e são flageladas das chuvas de 2004.
Quase todas as famílias residiam na Grota Santa Helena e se mudaram para a área invadida, após as chuvas de 2004.
Protesto na Prefeitura
Os moradores também programam uma manifestação nas imediações da Prefeitura de Maceió, caso não consigam negociar com a direção da Ceal um novo prazo para permanência no loteamento.
“Na verdade, estas famílias não tem para onde ir e preferem continuar morando onde estão”, avisa o presidente da Associação de Moradores do Loteamento.