Os telefones populares poderão ter tarifas mais altas que os demais telefones fixos para que os usuários tenham acesso ao serviço pagando uma assinatura mensal mais barata.
O gerente de Competição da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), José Gonçalves Neto, afirma que a cobrança por chamada (e não por tempo) nos fins-de-semana, feriados e durante a madrugada poderão não valer para esses tipos de telefone.
Ele explicou que o órgão regulador ainda busca uma fórmula para calcular quanto o minuto de ligação a partir desses telefones teria que custar para que a assinatura ficasse mais barata ou fosse eliminada. A proposta da agência é o telefone popular seja pré-pago.
Neto admitiu que algumas restrições de serviços poderão ser feitas para reduzir o valor mensal, mas descartou a possibilidade de restrições de acesso a outras redes de telecomunicações, como ligações para celulares.
O órgão regulador também estuda mecanismos para fazer com que o novo serviço seja focado na população de baixa renda. A agência quer evitar uma migração dos atuais usuários para o AICE (Acesso Individual Classe Especial), o que poderia desequilibrar as empresas.
Algumas operadoras de telefonia fixa já possuem planos alternativos pré-pagos, mas esses serviços geralmente são oferecidos com bloqueio de chamadas para celular e de ligações a cobrar.
Os telefones populares deverão estar disponíveis para a população a partir do próximo ano.