Livro sofre. Páginas arrancadas, riscadas com caneta ou marca texto, capas rasgadas… Isso quando eles simplesmente não são furtados. Para evitar que mais do seu acervo seja danificado, a Biblioteca Ministro Oscar Saraiva do Superior Tribunal de Justiça (STJ) está lançando a "Campanha de Preservação de Livros – Justiça com os Livros. Preserve-os!" A campanha será aberta às 16h da próxima segunda-feira, e prosseguirá até o dia 26. Serão apresentados estandes com exemplos do estrago que algumas obras do Tribunal sofreram. A exposição, aberta ao público, conta também com o apoio das bibliotecas da Universidade de Brasília (UnB), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atualmente, a biblioteca tem um acervo de 43.919 livros e 57.181 fascículos de periódicos, sendo uma das mais completas coleções jurídicas do país. Nos últimos tempos, entretanto, os danos causados às obras têm aumentado consideravelmente. "Isso ocorre basicamente por dois motivos. O primeiro é que nossa casa cresceu, temos mais servidores, assessores e terceirizados. Além disso, fomos ‘descobertos’ pelo público em geral, que nos tem feito mais visitas para estudos ou pesquisa", comenta a subsecretária da Biblioteca, Rosa Maria de Abreu Carvalho. A campanha visa justamente sensibilizar esses novos usuários para a importância de se preservar a coleção do STJ para todos.
Atualmente o Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos (Lacord), da Secretaria de Documentação, restaura de 40 a 50 volumes por mês, sendo que o dano mais comum são estragos na encadernação. No caso de livros mais antigos ou de edições esgotadas, pode ser impossível substituí-los, o que torna ainda mais importante a preservação.