Fossas irregulares comprometem Lagoa Mundaú

A contaminação ocorre porque a maioria das residências, bares e restaurantes mantém fossas irregulares, perfuradas abaixo do permitido pelo IMA

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Barra Nova, situada no município de Marechal Deodoro, distante 3 km de Maceió, é a maior Ilha Lacustre do Brasil. Quem a visita pode apreciar o encontro das águas da lagoa Mundaú com o mar, além de várias opções de restaurantes que oferecem um cardápio típico da região Nordeste. Entretanto, nos últimos anos o povoado vem sofrendo agressões ambientais causadas pela falta de saneamento. Essas agressões são oriundas da abertura de fossas sépticas e tubulações ligadas ao mangue e à lagoa Mundaú, contribuindo para o desequilíbrio ambiental.

A contaminação ocorre porque a maioria das residências, bares e restaurantes mantém fossas irregulares, perfuradas abaixo do permitido pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA), que é de no máximo 1,5m acima do lençol freático.

Segundo o gerente de laboratório do IMA, Emanoel Messias, para detectar se os tubos de esgotos estão ligados diretamente à lagoas e mangues, os técnicos colocam uma substância colorida na água do vaso sanitário e caso a substância apareça nas águas da lagoa é detectada a irregularidade. “O contágio acontece, principalmente, nos períodos chuvosos e de maré alta, pois o solo absorve a água das fossas irregulares, contaminando a lagoa através do lençol freático”, explica Messias.

De acordo com a moradora, Jaci dos Santos, o grande problema de Barra Nova é a falta de saneamento básico. “As fossas sépticas são abertas porque a Prefeitura do município não toma nenhuma atitude para reverter à situação”, diz a moradora.

IMA

Para evitar que a lagoa se torne imprópria para banho, os técnicos do IMA irão fazer um estudo para tentar resolver o problema e definir como será a fiscalização para coibir o impacto ambiental.

Em casos de estabelecimentos notificados com irregularidades, o proprietário do local terá que comparecer ao IMA no prazo de 48h para apresentar soluções e, caso o acordo não seja cumprido, o infrator poderá pagar multa que varia de mil à 50 milhões de reais.

O Alagoas 24 Horas tentou entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de Marechal Deodoro, mas ninguém foi encontrado.

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