BRASÍLIA – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) rejeitou por ampla maioria o recurso do líder do PPS, deputado Dimas Ramalho (SP), contra a decisão do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), de manter o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) como relator do processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, informou a Agência Câmara.
Votaram contra o recurso o PV, o PCdoB, o PSB, o PTB, o PP, o PSDB, o PMDB e o PT. A favor, votaram o PFL, o PPS e o PL.
Antes de se encerrar a discussão sobre o assunto, o deputado Paulo Afonso (PMDB-SC) declarou-se contra o recurso e argumentou que a mudança não seria conveniente para a imagem da Câmara.
O deputado Marcelo Ortiz (PV-SP) também pronunciou-se contra o recurso sob o argumento de que conselheiro tem mandato de dois anos, com estabilidade garantida.
Também foi contrário o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG), para quem os conselheiros não podem ser substituídos pelos líderes. "Tal medida geraria instabilidade no conselho", afirmou. O deputado Vicente Arruda (PSDB-CE) reforçou o argumento de Miranda, ao ressaltar que o partido não pode interferir no mandato do conselheiro.
O deputado Colbert Martins (PPS-BA), por sua vez, citou o critério da proporcionalidade partidária nas comissões para defender o recurso contra manutenção de Júlio Delgado no conselho