O acidente com um Boeing 737-200 da companhia estatal peruana Tans, que caiu ao norte do Peru, na região da Amazônia, deixou ao menos 41 mortos. O porta-voz oficial da companhia aérea, Jorge Beleván, confirmou que 57 pessoas foram resgatadas com vida.
Segundo o ministro dos Transportes peruano, José Ortiz, o avião transportava 93 passageiros e sete tripulantes a bordo. Assim, apenas duas pessoas permanecem desaparecidas.
Entre os que escaparam com vida estão oito dos 16 estrangeiros a bordo do avião, sendo seis americanos –de uma mesma família– e duas italianas.
Beleván não soube informar o destino dos demais estrangeiros –cinco americanos, um australiano, uma espanhola e um colombiano.
O acidente ocorreu às 15h12 (17h12 de Brasília). A aeronave –que caiu a 4,8 km do aeroporto– decolou de Lima com destino a Pucallpa (490 km ao noroeste de Lima), e, posteriormente, iria para a cidade de Iquitos.
Apoio
O presidente peruano, Alejandro Toledo, prometeu todo o apoio aos familiares das vítimas. "Estou dedicado a seguir minuto a minuto o trágico acidente em Pucallpa com um avião da companhia aérea Tans", afirmou o presidente aos jornalistas logo depois de saber do acidente.
"Estou suspendendo a maioria das minhas atividades para monitorar o acidente muito de perto", acrescentou Toledo.
Causas
"As informações preliminares indicam que a causa do acidente foram ventos cruzados, que se apresentaram no momento da aterrissagem e, por mais que os pilotos tenham toda a habilidade possível, lamentavelmente o avião caiu", afirmou Beleván.
"Quando um avião atravessa um vento cruzado, entra em estado de perda [de estabilidade]. Graças à perícia do piloto, o pouso de emergência permitiu que haja sobreviventes", disse o porta-voz da Tans.
"Parece ter sido um problema relacionado ao mau tempo. Dez minutos antes da aterrissagem em Pucallpa, o avião começou a tremer", afirmou Tomas Ruiz, um dos passageiros que sobreviveu, a uma rádio peruana.
Fundada em 1960 pela Força Aérea peruana, para servir comunidades remotas na selva, a Tans começou a operar como linha comercial em 1998. A companhia estatal hoje atende cerca de 30% do mercado local.