Seminário discute relação entre saúde pública e deficiente físico

Luis VilarSecretária de Saúde, Katia Born

Secretária de Saúde, Katia Born

A Secretaria Executiva de Saúde em parceira com várias entidades representativas dos deficientes físicos de Alagoas realizam – neste momento – o Seminário de Reabilitação e Interdisciplinaridade, no Hotel Tambaqui, na Ponta Verde. No evento está sendo discutido, políticas governamentais de apoio e reintegração do deficiente na sociedade.

De acordo com a secretária de Saúde, Kátia Born esta tem sido uma preocupação constante do Governo de Alagoas. “Eu, como representante dos secretários de Saúde dos estados do Brasil, levo constantemente esta preocupação para Brasília. Este ano, não há mais como alterar o orçamento, mas no próximo, será ponto de pauta da nossa bancada”, colocou Born.

A secretária ressaltou ainda a eficiência das parcerias formadas entre os movimentos sociais e as entidades de base no Governo Lessa. “Este tipo de ação foi o primordial, para que hoje, as minorias tivessem a voz, que não possuíam em governos passados. Quando prefeita, o Posto Médico do Salgadinho, foi resgatado com as funções de reabilitação e reintegração social daqueles que passam por acidentes ou doenças, ou seja, os deficientes não congênitos”.

Para Born, as políticas sociais têm que estar voltadas também para a prevenção. “Estive em Arapiraca recentemente e vi que 80% dos trabalhos de reabilitação, eram resultantes de acidentes de moto. Neste caso, fazer saúde é discutir com o Departamento de Trânsito, com empresas, enfim, com todos que possam auxiliar no processo”, finalizou a secretária.

Para o presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Gerônimo Ciqueira o seminário é essencial para debater a postura do governo. “Sempre fomos parceiros do Estado. Estamos preocupados com o Governo Federal, que deixou a Adefal do projeto que mandaria verbas para entidades referências em trabalho com deficientes físicos. Vários vão ficar sem atendimento. O governo não considerou entidades filantrópicas. É um absurdo. Sobra dinheiro pra tudo em Brasília, menos para o principal”, colocou Ciqueira.

Porém, mesmo não relacionado no projeto do Governo Federal, Ciqueira avisou que baixa a cabeça e que “a entidade segue na luta”. A postura do presidente da Adefal foi reforçada pelo presidente do Conselho Estadual de Saúde, Luis Carlos Oliveira. “Entidades filantrópicas devem ser consideradas representativas e competentes, pois auxiliam na vida de muita gente. Não vamos parar por isso, continuaremos. Nossa luta sempre foi difícil. A Adefal já vem a 24 anos enfrentando dificuldades”.

O seminário deve discutir – durante toda a manhã – políticas públicas para otimizar serviços para deficientes físicos em hospitais, unidades de emergência e postos médicos, tanto em Maceió, quando nas municípios que compõem a micro-região metropolitana da Grande Maceió.

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