A greve de dois dias dos funcionários do Banco Central terminou hoje, mas será retomada na próxima terça-feira. A decisão foi tomada em assembléia realizada no final da tarde e a paralisação deverá durar três dias, até quinta-feira.
O presidente regional do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Paulo Tasso Calovi, informou que a greve é em resposta à "intransigência" da diretoria do banco, que não quer retomar o diálogo para as negociações salariais da categoria e para o fortalecimento da instituição.
Segundo Calovi, foram paralisadas quase totalmente, nos dois dias, as atividades funcionais na sede, em Brasília, e nas nove regionais (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre). A avaliação dele é de que mais de 75% dos 4.600 funcionários do Banco Central pararam em todo o país. Na sede, menos de 15% dos 2.200 servidores trabalharam no período.
O sindicalista informou ainda que a decisão de retomada da greve, "numa demonstração de que os funcionários continuam mobilizados para valer", foi provocada em parte pela postura da diretoria do BC, que acenou com corte do ponto "ao invés de atender ao chamamento da categoria para reabrir a mesa setorial de negociações salariais e adotar medidas para fortalecimento institucional". Ele estima em 57% as perdas salariais desde 1998.