O consulado brasileiro em Houston, que tem a jurisdição do Estado da Lousiana, e o consulado de Miami, responsável pelos Estados do Alabama e Mississippi, ainda não têm informações sobre o paradeiro de 20 brasileiros vítimas do furacão Katrina.
O Itamaraty atualizou o número fornecido pelos consulados. Os trabalhos de localização dos brasileiros começaram na segunda-feira da semana passada. Em Houston, o consulado tinha uma lista inicial com 71 nomes que, hoje, já foi reduzida para 18.
Os nomes dos brasileiros não foram divulgados, nem as cidades em que eles viviam, segundo o Itamaraty, por questões de privacidade. Em Miami, o órgão diplomático ainda procura dois brasileiros, um no Mississippi e outro no Alabama, que ainda não deram notícias. A relação do consulado tinha no começo 22 nomes.
De acordo com o consulado em Houston, os brasileiros incluídos nessas listas podem estar passando por dificuldade de comunicação. Os trabalhos de contato prosseguiam ainda ontem.
Oficialmente, 883 estrangeiros estão desaparecidos em razão das conseqüências do Katrina. Nessa estimativa, a maioria é formada por britânicos e franceses.
No entanto, autoridades norte-americanas avaliam que o contingente mais numeroso é formado por mexicanos. Muitos desses desaparecidos estão nos Estados Unidos ilegalmente.
Hoje, a secretária de Estado norte-americano, Condoleezza Rice pediu ao governo mexicano que enviados não visitassem as áreas afetadas pelo furacão porque os EUA não poderia garantir a segurança dos emissários. Segundo autoridades sanitárias, o risco de contaminação é alto nessas regiões.
Até ontem, 160 franceses, 96 britânicos e 20 espanhóis eram procurados pela embaixada de seus países. Turistas, estudantes, trabalhadores e residentes nos EUA fazem parte da lista.
Sacos de corpos
A cidade de Nova Orleans recebeu 25 mil sacos para embalar os corpos de mortos do furacão Katrina. Os números oficiais apontam 83 mortos em Nova Orleans, 138 no Mississippi e 11 na Flórida.
Mas o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, afirma que a cifra pode chegar a 10 mil mortos na cidade, e o governador do Mississippi estima que o número pode chegar a 300 em seu Estado.
Nova Orleans ainda tem 60% de sua região coberta por água, já contaminada por bactérias e resíduos tóxicos. Apesar da ordem de saída dada pelo prefeito, muitos moradores ainda resistem a deixar suas casas.