O corregedor geral da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI) leu há pouco a carta de renúncia do deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ). Agora, ela será publicada no Diário Oficial da Câmara, quando se efetivará a renúncia do parlamentar.
Ele é citado no relatório parcial das comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos, entre os 18 parlamentares que, direta ou indiretamente, aparecem nas investigações conduzidas pelas comissões.
Na lista enviada à Polícia Federal pelo empresário Marcos Valério de Souza, Carlos Rodrigues aparece como beneficiário de saques no total de R$ 400 mil. Além de negar, Rodrigues diz que não há provas que o relacione aos saques.
Amanhã a Mesa da Câmara vai julgar o relatório das duas CPMIs, que apontou os 18 nomes para serem julgados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
A renúncia é um recurso usado para não haver o risco da cassação, que implica a inelegibilidade do parlamentar por oito anos. No dia 1º de agosto, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também renunciou antes que seu processo de cassação fosse para o Conselho de Ética da Câmara e ele pudesse perder os direitos políticos.