O número de mortos após a passagem do furacão Katrina por quatro Estados americanos já chega a 513, com 279 mortes só no Estado da Louisiana, outros 218 no Mississippi, 14 na Flórida e 2 no Alabama. Nesta segunda-feira, autoridades anunciaram na cidade de Nova Orleans –devastada pelas enchentes– a descoberta de 45 corpos em um hospital local.
O anúncio foi realizado no mesmo dia em que o presidente americano, George W. Bush, visitou áreas atingidas pelo Katrina, e fez um percurso terrestre pelas ruas de Nova Orleans. Ontem, também, o chefe da agência de emergências federais dos Estados Unidos (Fema, na sigla em inglês), Michael Brown, pediu demissão de seu cargo. Ele tinha sido afastado do comando das operações de resgate do Katrina na semana passada.
O presidente aproveitou ontem para explicar que o racismo tenha interferido na decisão de promover a operação de salvamento e resgate das vítimas do Katrina principalmente em Nova Orleans, onde a maioria das pessoas que permaneceu no local após a chegada do furacão era composta por negros e pobres.
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, e realizada pela rede de TV CNN, em conjunto com o jornal "USA Today", e o instituto Gallup, revelou que 86% dos americanos acha que a raça foi um dos fatores que determinou uma "lenta" resposta por parte do governo americano ao salvamento. As entrevistas foram realizadas com 262 adultos negros e 848 brancos –excluindo-se os de origem hispânica. A margem de erro é de sete pontos percentuais, para mais ou para menos.
Ao menos 37% dos entrevistados disseram que o maior culpado pelas mortes dos moradores de Nova Orleans, presos na cidade após a enchente, é o presidente Bush.