A equipe técnica da secretaria municipal de Educação (Semed) está preocupada com a segurança nas escolas da rede oficial de ensino da capital. Para evitar casos de assaltos a professores e alunos, furtos dos aparelhos eletrônicos nas escolas e depredação das mesmas, algumas alternativas estão em estudo.
De acordo com a secretária-adjunta, Betânia Toledo, a solução apresentada como a mais viável até agora é a contratação emergencial de segurança particular. O assunto será discutido na próxima semana, em reunião com o secretário Regis Cavalcante.
Betânia explica que algumas unidades de ensino da Semed possuem sistema eletrônico de segurança. Para aproveitar os equipamentos, a secretária-adjunta considera importante somar o sistema com a segurança presencial, oferecida por empresas especializadas. “Não podemos ficar reféns dos marginais. Não se admite o que aconteceu na escola Eulina Alencar, no Jacintinho, quando houve furto, depredação e danos a equipamentos que não puderam ser levados”, declara.
A escola citada por Betânia Toledo sofreu sucessivas invasões de marginais, a ponto de possuir apenas um refrigerador, pois todos os outros equipamentos foram levados por assaltantes. Ela destaca, ainda, a parceria existente entre a Semed e o Batalhão Escolar, da Polícia Militar (PM), através da qual a secretaria fornece combustível e recebe a visita de viaturas policiais. Mesmo diante disso, Betânia reconhece que não é suficiente para evitar os casos de violência.
A equipe da Semed identificou 15 escolas em situação mais crítica, situadas em bairros da periferia, a exemplo dos Caic’s Virgem dos Pobres, no Vergel, e Cidade Universitária, no campus da Ufal, Jayme Altavilla, no Tabuleiro, Baltazar de Mendonça, no Jacintinho, Donizete Calheiros, também no Tabuleiro, além daquelas instalads no complexo Benedito Bentes, como Selma Bandeira, Carminha e Freitas Neto. Como medida inicial, Betânia Toledo promete cobrar da Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) a aplicação do Código de Posturas, para evitar algumas construções polêmicas no entorno das escolas, como bares e locais de jogos, que estimulam a prática criminosa.
A diretora de Gerenciamento Escolar, Betânia Jatobá, que também participa do estudo de combate a criminalidade nas escolas, defende um estudo mais aprofundado junto às famílias que fazem a comunidade escolar. “Alguns dos assaltantes já identificados são ex-alunos das escolas municipais. Nós precisamos saber quais os problemas das famílias que residem no entorno das escolas, para saber os motivos pelos quais os assaltos são registrados em unidades de ensino, enquanto os postos de saúde, instalados na mesma proximidade, ficam imunes”, opina.